O delegado da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf), Marco Sampaio, disse que a morte da adolescente Heloysa Alencastro, de 16 anos, foi provocada pela "escalada de violência". Sampaio, um dos responsáveis pela investigação do crime, destacou que o padrastro da jovem, Benedito Anunciação, apontado como mandante da execução, havia dado indícios a companheira, Suellen Alencastro que era intolerante e agressivo, agindo impulsivamente por ciúmes. O delegado também afirmou que o crime foi premeditado.
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"A gente pode falar que ele foi premeditado. A premeditação é algo que é planejado, não precisa ser com muita antecedência, se eu planejo isso com um, dois, três dias de antecedência, isso já é uma premeditação. Então, ele premeditou isso, mas como eu disse, foi uma escalada de violência, foi uma escalada de intolerância, de não ter, entre aspas, aquela pessoa exclusivamente para ele", falou Marco Sampaio.
Benedito era possessivo e não aceitava a amizade entre Suellen e a filha. Por isso, fez uma emboscada para a adolescente, planejando a invasão da casa da companheira quando ela estivesse fora em 22 de abril. O suspeito aliciou dois adolescentes para o crime, dando a eles como pagamento a possibilidade de levar o que conseguissem do imóvel.
Os jovens entraram na casa e participaram do assassinato junto com o filho de acusado, Gustavo Benedito Jr. Em seguida, transportaram o corpo de Heloysa até o Ribeirão do Lipa e o desovaram em um poço com as mãos e pés amarrados. A intenção de Benedito era eliminar a adolescente. A menor era vista por ele como um impecilho para se relacionar com Suellen.
"Sim, ele premeditou. Embora poucos dias antes ele não agiu por violenta emoção, isso foi friamente premeditado e o que a gente conclui é que, diante do contexto do relacionamento, ele já estava disposto desde o início a isso. Se acontecesse algo parecido com isso, se ele se visse numa situação de perder aquela companheira, ele já estava disposto a fazer o que ele fez", reiterou o delegado.
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TODOS TINHAM "PRETENSÕES CRIMINOSAS"
No entanto, os demais não estavam no local do crime de forma despretenciosa. O delegado avalia que os menores e o filho de Benedito também tinham a intenção de cometer crimes e reforçou que possuíam histórico de passagens pela polícia.
"É, a gente concluiu que todos os envolvidos tinham pretensões criminosas, já tinham históricos criminosos, já não mexiam com coisas legais. Então, é muito fácil você transpor a linha dessas condutas ilícitas, transpor a linha para que elas se tornem cada vez mais graves", observou Sampaio.
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