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Polícia Quinta-feira, 22 de Agosto de 2019, 09:12 - A | A

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Quinta-feira, 22 de Agosto de 2019, 09h:12 - A | A

OPERAÇÃO TAPIRAGUAIA

Ex-prefeito é preso acusado de pagar propina em esquema que desviou R$ 601 mil

FERNANDA ESCOUTO

O ex-prefeito de Confresa e atual segundo suplente na Câmara dos Deputados, Gaspar Lazari (PSD), foi preso nesta quinta-feira (22), na Operação Tapiraguaia, deflagrada pela Polícia Federal (PF). No total, são três prisões e 12 mandados de busca e apreensão.

Agência Notícias

Gaspar Lazari

 Ex-prefeito de Confresa Gaspar Lazari

A operação visa combater um esquema de desvio de recursos públicos federais e pagamento de propinas nas prefeituras de Confresa (1161 km de Cuiabá) e Serra Nova Dourada (1022 km de Cuiabá). Segundo a PF, cerca de R$ 601 mil teriam sido utilizados para pagamentos de propina.

Nessa 2ª fase da Tapiraguaia, não só Lazari foi alvo da PF. O ex-deputado federal e primeiro suplente na Câmara, Valtenir Pereira (MDB), teve contra ele um mandado de busca e apreensão.

Ainda segundo a polícia, um dos assessores de Valternir, foi preso em um hotel, na Capital.

Os investigados irão responder por organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e crimes licitatórios, podendo pegar até 40 anos de prisão.

OUTRAS ACUSAÇÕES

Lazari já tinha sido denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) na 1ª fase da operação, em abril de 2019.

De acordo com as denúncias apresentadas, o ex-prefeito, juntamente com a ajuda de ex-secretários e assessores [também denunciados] fraudaram processos licitatórios para construção de escolas,

O grupo ainda cometeu irregularidades na aquisição de material permanente, móveis e eletrodomésticos para a Secretaria Municipal de Saúde; para aquisição de tablets para o E-Sus; para contratação de serviços gráficos para a Saúde; para construção de uma UPA e uma Unidade Básica de Saúde e.

O ex-prefeito também é acusado de fraudar compras de alimentos para abastecer 13 escolas de Confresa durante os anos de 2015 e 2016.

Além disso, fraudaram uma carta convite entregando uma mercadoria pela outra, com qualidade e valores substancialmente inferiores.

De acordo com a denúncia, os documentos comprovam que, em apenas um mês, a comissão de licitação realizou todo um processo licitatório no valor de R$ 3.493.798,10.

Operação Tapiraguaia

Participam da ação mais de 30 policiais federais e servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), que cumprem 12 mandados de busca e apreensão, três prisões preventivas e sete medidas cautelares nos municípios mato-grossenses de Cuiabá, São Félix do Araguaia, Serra Nova Dourada, Bom Jesus do Araguaia, Apiacás e também em Brasília/DF. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Barra do Garças/MT, que também determinou o sequestro de bens e valores.

A segunda fase é resultado da análise dos dados bancários e dos objetos apreendidos durante a primeira fase da operação, ocorrida em janeiro de 2019. O material colhido aponta que o ex-deputado e atual suplente Valtenir Pereira (MDB), no período entre 2014 a 2016, teria montado um esquema criminoso em conluio com empresários e prefeitos de Confresa/MT e Serra Nova Dourada/MT.

As investigações mostram que o então deputado teria viabilizado a realização de convênios entre o Ministério da Integração Nacional – Secretaria Nacional da Defesa Civil e as prefeituras, amparando-se na justificativa de construção de pontes de concreto emergenciais, devido às enchentes provocadas pelas chuvas.

Os prefeitos, beneficiados com os recursos federais, realizavam licitações repletas de irregularidades, combinando previamente com os empresários contratados para a execução das obras. Os políticos exigiam propinas a essas pessoas, na medida em que fossem realizados os pagamentos.

Os valores utilizados nas propinas provinham na maioria das vezes de medições fraudulentas, como atestados de serviços não realizados ou realizados a menor. Os montantes eram repassados aos gestores municipais e ao ex-deputado, por meio de depósitos/transferências em contas de terceiros.

A análise policial também aponta a emissão de cheques, entregas de dinheiro em espécie e até mesmo pagamento de boletos e contas dos gestores públicos (contas de energia, boletos de estabelecimentos comerciais, dívida em hotéis, etc). Os valores repassados ao deputado eram, em regra, depositados em contas bancárias de seus assessores ou de empresas a eles vinculadas, sendo que uma das empresas é fantasma.

Ainda segundo a PF, os assessores e as respectivas empresas recebiam valores avulsos das prefeituras por suposta prestação de serviços de assessoria e consultoria para liberarem as parcelas dos convênios por meio de lobby. As obras da prefeitura de Confresa teriam gerado em torno de R$ 413 mil em propinas aos agentes públicos envolvidos, enquanto as de Serra Nova Dourada o montante de R$ 187 mil.

São alvos da operação o ex-deputado federal, dois assessores, dois prefeitos, uma presidente de comissão de licitação, dois engenheiros fiscais e um assessor jurídico.

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