“Eu vi a minha amiga desmaiar”. O relato é da aluna do Centro Educacional Abdala José de Almeida, L.E.S.S., de apenas 10 anos, uma das estudantes intoxicadas no final da manhã desta sexta-feira (30), em Várzea Grande. Ao HNT / HiperNotícias, a menina disse que ainda sente dores abdominais e que ficou assustada ao ver os colegas passando mal.
À reportagem, a aluna explicou que fica na escola em período integral, pois estuda de manhã e participa de um curso na parte vespertina. A estudante contou também, que para cada turno, é oferecido um lanche e almoço para alunos que ficam na unidade escolar no tempo superior.
“Eu estudo no período da manhã e na parte da tarde eu faço um curso. Para cada período, eles (a escola) dão um lanche para os estudantes. Porém, para aqueles que participam do curso é oferecido um almoço após as 11 horas. Foi depois dessa refeição que os alunos passaram mal. Eu vi tudo. Eu vi a minha amiga desmaiar. Fiquei nervosa ao ver ela desmaiando, eu quase apaguei também”, contou.
A menina disse também que não sentiu as dores de imediato e que só foi começar a se sentir mal na hora de descanso.
“O pessoal lá da escola deu um suco artificial nos sabores de maçã, maracujá e laranja. Depois do almoço, eu tomei o suco de maracujá e fui escovar os dentes. Em seguida, nós fomos até o refeitório e logo depois, uma menina chamou a professora e disse que estava passando mal. Depois, outros alunos começaram a não se sentir bem e começaram a reclamar”, explicou.
“Eu estudo no 5º Ano, mas não foi só meus colegas que passaram mal. Estudantes de outras salas também ficaram doentes. Isso nunca havia acontecido na escola. Tem dia que a comida é ruim e tem dia que é boa, mas nunca ninguém havia passado mal desse jeito”.
L.E.S.S., disse que após os fatos, funcionários chamaram uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas que não quis entrar por medo.
“Eu vi alguns colegas sendo levados, mas eu não quis entrar por medo. Depois, a minha mãe foi na escola me buscar. Eu ainda sinto um pouco de dor no estômago e minha mãe disse que caso eu piorar, ela vai me levar ao médico”, conclui a estudante.
O HNT / HiperNotícias teve acesso a foto de duas embalagens do suco que foi servido às crianças. O caso é acompanhado pela Secretaria Municipal de Saúde.
Outro lado
Por meio de nota, a Vigilância Sanitária do município infomou que foi à unidade escolar e recolheu amostras dos alimentos e água da escola.
Veja a nota na íntegra.
A Secretaria de Comunicação Social de Várzea Grande por meio de nota vem a público esclarecer os fatos ocorridos no início da tarde desta sexta-feira, dia 30, onde 45 crianças deram entrada em duas unidades de saúde de Pronto Atendimento de Várzea Grande, vítimas de possível intoxicação alimentar, por volta das 14h.
Sendo 30 delas, no Hospital e Pronto-socorro Municipal de Várzea Grande e 15 na Unidade de Pronto Atendimento (Upa) do Ipase.
A Vigilância Sanitária de Várzea Grande foi acionada, esteve na escola e fez a coleta de todos os possíveis alimentos que foram ingeridos pelos alunos, para que sejam feito análise em laboratório do material.
Também foi colhida amostras de sangue dos alunos que passaram pelas unidades de saúde. Todos os 45 alunos foram prontamente recebidos, medicados e liberados já com os medicamentos prescritos pelos médicos.
Vale ressaltar que na escola estudam 800 crianças e menos de 5% desses alunos foram afetados.
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