O estudante de direito Lucas Miknov, de 21 anos, afirma ter sido espancado por policiais militares durante uma abordagem ocorrida na sexta-feira passada dia 12 de setembro, na Avenida Brasil, no CPA II, em Cuiabá. Lucas voltava da faculdade, em semana de provas, acompanhado de três colegas e uma jovem, quando foram surpreendidos por uma viatura do 3º Batalhão da Polícia Militar. O caso foi exibido no Programa do Pop, da TV Cidade Verde, nesta terça-feira (16).
Segundo relato do acadêmico, ele e os colegas foram orientados a descer do carro vermelho conduzido por Lucas, e colocar as mãos na cabeça.
Imagens de câmeras de segurança registraram agressões contra Lucas, incluindo socos no rosto, no estômago e nas partes íntimas. Apesar de questionar o motivo da abordagem, o estudante não recebeu respostas e continuou sendo agredido.
Ele relatou que a abordagem do cabo foi totalmente despreparada e desesperada: “Era só desespero. Não sabia o que estava acontecendo. Eu tinha acabado de sair da faculdade, feito uma prova. Ele não falava nada, só me espancava”, disse o jovem.
Após apresentar documentação e comprovar que estavam em situação regular, uma sargento determinou a liberação dos jovens. Entretanto, de acordo com Lucas, o cabo responsável se recusou a encerrar a ocorrência, alegando que ele estava lesionado. Durante o trajeto à delegacia, o jovem teria sido novamente agredido e obrigado a apagar imagens gravadas no celular.
No plantão da delegacia, Lucas passou por exame de corpo de delito, que confirmou as lesões, e foi ouvido por uma delegada da Polícia Civil.
Ele também registrou ocorrência e já procurou a Corregedoria da PM. Sobre o boletim de ocorrência registrado pelo policial, Lucas afirmou que várias informações foram omitidas.
“Colocaram que eu estava em direção perigosa, que fugi da polícia. Mentira. Encostei imediatamente, sem hesitar. Coloquei a mão na parede, mas ele já chegou agredindo como mostram as imagens", contou.
O episódio gerou revolta nos pais de Lucas. Em entrevista, eles destacaram a rotina de trabalho e estudo do filho, que ajuda o pai na feira desde cedo e concilia os estudos com a atividade profissional de feirante, vendendo pamonhas na região.
“É uma situação que nenhum filho merece passar. Ele é trabalhador, estudioso, e foi agredido sem motivo. Queremos justiça”, disse a mãe de Lucas, Michele. O pai, Alessandro, reforçou que o filho nunca se envolveu em problemas com a lei e descreveu o episódio como um caso de despreparo e abuso de autoridade por parte do policial.
A Polícia Militar informou que o caso está sendo investigado.
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