Drones que causaram caos no Aeroporto Internacional de Guarulhos na noite de quarta-feira (11), impedindo inclusive o pouso de um avião que partiu de Cuiabá, eram usados por traficantes para monitorar a chegada de uma carga de droga ao terminal. A informação foi confirmada pela Polícia Militar de São Paulo, que apontou o uso dos equipamentos aéreos como parte de um esquema para garantir o embarque de aproximadamente 150 kg de pasta base de cocaína para Joanesburgo, na África do Sul.
O voo AD2774, da Azul Linhas Aéreas, que saiu do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, foi um dos afetados pela operação criminosa. Impedido de aterrissar em Guarulhos por conta da presença dos drones na cabeceira da pista, o avião precisou alternar para Ribeirão Preto, onde reabasteceu antes de seguir viagem para a capital paulista.
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Segundo a Polícia Federal, três suspeitos invadiram a área restrita do aeroporto para monitorar a movimentação policial com o apoio de drones. O objetivo era garantir que a carga de droga fosse despachada sem interferência das autoridades. A ação, porém, foi frustrada por seguranças do terminal, o que levou os criminosos a abandonarem o entorpecente e fugirem para uma área de mata próxima. Até o momento, ninguém foi preso.
A operação dos drones levou à suspensão temporária de pousos e decolagens no maior aeroporto do país por mais de duas horas. De acordo com a GRU Airport, ao menos 35 voos sofreram atrasos ou mudanças de rota e outros seis foram cancelados. Os reflexos da paralisação se estenderam até a manhã de quinta-feira (12), com filas e transtornos para passageiros.
Além do voo de Cuiabá, a Azul informou que a rota AD6073, com origem em Belém (PA), também precisou ser redirecionada, com pouso em Campinas, no Aeroporto de Viracopos.
O Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo foi acionado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e mobilizou a aeronave Águia 12, que fez buscas no entorno do aeroporto com equipamentos de imagem térmica, mas nenhum drone foi localizado.
Em nota, a GRU Airport reforçou que o uso de drones próximos ao sítio aeroportuário representa uma ameaça à segurança da aviação. A Polícia Federal segue investigando o caso e tenta identificar os autores da tentativa de envio da droga ao exterior.
Com informações da CNN
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