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Polícia Quarta-feira, 29 de Maio de 2019, 06:02 - A | A

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Quarta-feira, 29 de Maio de 2019, 06h:02 - A | A

JOGO DO BICHO

Polícia Civil prende João Arcanjo Ribeiro em Cuiabá

LUIS VINICIUS

A Polícia Civil prendeu na manhã desta quarta-feira (29), o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro por suspeita de participação no jogo do bicho. A prisão foi realizada por policiais do Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) na casa do ex-comendador, localizada no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, dentro  da Operação Mantus - que ocorre em cinco cidades de Mato Grosso, e em Guarulhos, São Paulo.

Imagem de Internet

Arcanjo / Geovane

 João Arcanjo Ribeiro e o genro, Giovanni Zem Rodrigues, estão entre os presos esta manhã, em Cuiabá

De acordo com a Polícia Civil, Arcanjo é o principal líder da organização criminosa. Além dele, foram cumpridos outros 29 mandados de prisão e 33 buscas e apreensões. Dentre os detidos, está o genro do ex-bicheiro, identificado apenas como Giovanni Zem Rodrigues. 

Os presos estão sendo encaminhados neste momento para a sede  da Acadepol (Academia de Polícia) , no bairro Osmar Cabral.

A Polícia Civil acaba de confirmar a operação, que é feita em conjunto pela Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

De acordo com a PJC, a operação foi intitulada “Mantus”, e se destina  a prender duas organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e com a contravenção penal denominada “Jogo do Bicho”.

Ao todo, conforme o HNT / HiperNotícias já havia anunciado, a operação cumpre 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

As ordens judiciais são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e em mais 5 cidades do interior do Estado. Um dos alvos foi preso no aeroporto de Guarulhos com apoio da Polícia Federal.

A PJC anunciou uma coletiva de imprensa para às 09h30, no auditório da Diretoria Geral da Polícia Civil.

INVESTIGAÇÕES DESDE 2017 

De acordo com nota enviada há pouco pela PJC, as investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues. A outra é liderada por Frederico Müller Coutinho.

João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “Comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, sendo o maior “bicheiro” do Estado, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de Reais em impostos, entre outros crimes.

No ano de 2002, Arcanjo foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. A prisão do bicheiro foi cumprida em abril de 2003 no Uruguai. Arcanjo conseguiu a progressão de pena do regime fechado para o semiaberto em fevereiro de 2018, após 15 anos preso.

SODOMA

O empresário Frederico Müller Coutinho é um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou fraudes que resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa. Müller trocava cheques no esquema e chegou a passar dinheiro para o então braço direito do ex-governador. Os cheques teriam sido emitidos como parte de um suposto acordo de pagamento de propina ao grupo político do ex-governador.

Reprodu??o / Linkedin

Frederico Muller Coutinho

Frederico Muller Coutinho lidera organização que disputa negócios ilegais com João Arcanjo Ribeiro, segundo PJC, também foi preso

Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.

Os investigadores também identificaram remessas de valores para o exterior, com o recolhimento de impostos para não levantar suspeitas das autoridades. Foram decretados os bloqueios de contas e investimentos em nome dos investigados, bem como houve o sequestro de ao menos três prédios vinculados aos crimes investigados.

Os suspeitos vão responder pelo crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.

INTEGRAÇÃO DAS POLÍCIAS

O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flávio Stringueta, cita a integração entre a GCCO e a Defaz como um dos pontos principais para o êxito das investigações. “Em especial, dos Núcleos de Inteligência, que desempenharam um trabalho de excelência, sob a coordenação do delegado Luiz Henrique Damasceno”, destacou.

Para o delegado, Luiz Henrique Damasceno, um dos coordenadores das investigações, a ação demonstra o trabalho qualificado da Polícia Civil. que por meio do uso do Laboratório de Dinheiro, visou atacar principalmente o aspecto financeiro das organizações criminosas.

A operação coordenada pela Diretoria de Atividades Especiais, conta com o apoio da Diretoria Metropolitana, Diretoria do Interior, além do auxílio do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil na coleta dos dados, que foram trabalhados pelas equipes que atuaram diretamente no Inquérito Policial.

MITOLOGIA

De acordo com a nota, a PJC escolheu o nome de Mantus da mitologia etrusca, onde Manto (em latim: Mantus) é o Deus do mundo dos mortos no vale do rio Pó. Manto também é conhecido como o Deus do azar, onde chamava atenção  de suas vítimas através de jogos, roubando assim suas almas.

Atualizado às 07h00.

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Álbum de fotos

Luis Vinicius / HiperNticias

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PJC

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