Nawrocki, um historiador e ex-pugilista amador, venceu o segundo turno das eleições realizadas no domingo com 50,89% dos votos, à frente de seu rival, Rafal Trzaskowski, prefeito de Varsóvia e aliado de Tusk, que obteve 49,11%.
"Parabéns ao presidente Nawrocki por sua fantástica vitória", publicou nas redes sociais o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. A líder da extrema direita da França, Marine Le Pen, disse que a vitória do nacionalista foi uma "boa notícia" e marca um "repúdio à oligarquia de Bruxelas".
Nawrocki foi apoiado pelo partido populista de direita Lei e Justiça (PiS), que governou a Polônia até a vitória de Tusk nas eleições parlamentares de 2023 - e ainda exerce grande influência no país, principalmente no interior rural e católico.
Embora o papel do presidente polonês seja em grande parte cerimonial, ele tem alguma influência sobre a política externa e de defesa, além do poder de vetar novas leis, o que só pode ser derrubado com uma maioria de 60% no Parlamento, o que a coalizão de Tusk não tem. Ele anunciou ontem que pedirá um voto de confiança no Parlamento.
Rivalidade
Trzaskowski aceitou o resultado e parabenizou Nawrocki pela vitória, segundo ele, "que vem com grande responsabilidade, especialmente em tempos tão desafiadores". Ele agradeceu aos seus apoiadores por terem acreditado em uma Polônia "forte, segura, honesta e empática".
Durante a campanha, os dois rivais ofereceram visões opostas e o resultado terá profundas implicações para o futuro político da Polônia e para seu papel na Europa. Trzaskowski, um progressista pró-UE, apoiou a flexibilização da lei do aborto e casamentos civis para casais LGBT+. Nawrocki, que defende valores católicos conservadores, deve vetar qualquer tentativa do governo de implementar medidas progressistas.
O novo presidente da Polônia é um crítico ferrenho da UE. Ele dirigiu o Instituto de Memória Nacional, um órgão de pesquisa estatal acusado de promover um revisionismo da história. Ele, provavelmente, se aliará a outros líderes nacionalistas e eurocéticos, agravando as divisões dentro do bloco em um momento de grandes desafios, como as tarifas dos EUA e a guerra na Ucrânia.
Futuro
Nawrocki substituirá o atual presidente, Andrzej Duda, ligado ao PiS. O período de Tusk como premiê é marcado por dificuldades para alinhar sua coalizão, bastante ampla, o que foi dificultado pelo fato de Duda ser de um campo ideológico oposto - uma situação que deve permanecer inalterada pelos próximos anos.
Parlamentares e líderes de todos os espectros políticos esperam agora que o PiS aproveite a fragilidade da coalizão de Tusk para seduzir deputados moderados e formar uma maioria conservadora no Parlamento, o que pode provocar a queda do governo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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