Um trabalhador autônomo de 35 anos foi preso após confessar ser o autor de um trote à Polícia Federal. O suposto plano envolvia um atentado terrorista no Aeroporto Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande, que teria sido marcado para o dia 23 de junho.
A linha do tempo da história, que mais parece roteiro de filme, começou em 21 de junho com os "trotes" à PF, envolvendo palavras comuns ao islamismo. O homem se apresentou espontaneamente e foi preso dois dias depois, em 23 de junho, pela PF.
Na última sexta-feira (27), ele foi liberado com medidas cautelares após audiência de custódia na Justiça Federal da 1ª Região.
O juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré declarou na decisão: "Veja-se, portanto, que diante da desarticulação da suposta ameaça, evidenciando-se que se tratava somente de uma conduta impensada, decorrente de um transtorno mental diagnosticado em data anterior aos fatos, não verifico potencial e latente risco à ordem pública, de modo a impor a medida extrema de manutenção da segregação cautelar do investigado".
O homem, que vende salgados em uma bicicleta há 14 anos, e tem dois filhos menores de idade, alegou ter transtorno psiquiátrico diagnosticado, neste caso, esquizofrenia.
Ele afirmou em interrogatório à PF que ouve vozes e que as informações repassadas durante os trotes eram apenas "ficção de sua mente". Apesar do diagnóstico, ele não está mais tomando medicação controlada devido aos custos. Também mencionou tentativas de suicídio anteriores e que a Polícia Militar já o auxiliou.
Ele mencionou ter copiado algumas imagens da internet e tirado fotos de aviões perto do aeroporto de Várzea Grande, além de ter gravado e enviado áudios.
Ele também afirmou ter ligado para uma Mesquita em outro estado utilizando um número que encontrou na internet, e se identificado como Policial Federal.
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