Os seis presos na Operação Bônus, segunda fase da Operação Bereré, deflagrada nesta quarta-feira (9) foram submetidos a audiência de custódia na Décima Primeira Vara Criminal de Cuiabá, nesta tarde. O procedimento foi presidido pelo juiz Marcus Mesquita e acompanhado pelos promotores de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Marcos Bulhões e Rodrigo Arruda.
Durante a audiência, o ex-secretário Paulo Taques informou que seus ganhos mensais giram em torno de R$ 15 mil e que no ano passado foi preso por duas vezes, na Grampolância Pantaneira, que investiga escutas clandestinas no Estado.
Os demais detidos também repassaram informações pessoais, renda e passagens criminais ao juízo. Depois de ouvidos, todos foram conduzidos para o Centro de Custódia da Capital (CCC), onde cumprirão a prisão preventiva.t
O juiz Murilo Mesquita não tem poder de transformar as prisões preventivas em domiciliares ou por outra cautelar, pois a decisão da Operação Bônus é decidido por um juiz de segunda instância, por isso ele apenas ouve os detidos e os encaminha ao sistema penitenciário.
Operação Bônus
A segunda fase da 'Operação Bereré' foi batizada de 'Bônus'. Foram expedidos, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, seis mandados de prisão preventiva contra o ex-secretário Paulo Taques, do seu irmão e advogado Pedro Jorge Taques, os empresários Valter Jose Kobori, Mauro Savi e os empresários Roque Anildo Reinheimer. Também foram cumpridos cinco de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Brasília (DF). As ordens partiram do desembargador José Zuquim Nogueira.
A ação é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para desvio de recursos públicos.
A Bereré é desdobramento da delação do ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes, mais conhecido como Dóia. Ele teria admitido um esquema de recebimento de propina da empresa FD/EIG Mercados responsável pelo registro de contratos de financiamentos de veículos. Parte do valor arrecadado era distribuído entre integrantes do esquema.
Leia também
Gaeco marca interrogatórios de investigados em desvio do Detran
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
