O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), teria recebido 8 milhões de euros, a titulo de propinas pagas pela empresa CAF, responsável pelas vendas dos vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos ao governo. A informações foi repassada pelo ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, ao Ministério Público Federal (MPF) em seu acordo de delação premiada.
Os dados também ensejaram a deflagração da Operação Descarrilho, realizada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (9). A ação teve como alvo de condução coercitiva o ex-secretário da Secretaria Especial da Copa do Mundo (Secop), Maurício Guimarães, que foi ouvido por cerca de quatro horas pelo delegado federal Wilson Rodrigues sobre os fatos revelados por Nadaf e investigados pelo MPF sobre o pagamento de propina de empresas envolvidas nas obras copa ao ex-governador e membros de seu grupo criminoso.
Além de revelar que Silval teria recebido os euros, Nadaf contou que o ex-chefe do Executivo Estadual o consultou para saber como era as operações financeiras na Suiça, já que o então secretário viajaria para o pais europeu.
Silval foi intimado a esclarecer os fatos ao MPF e foi ouvido no dia 5 de julho deste ano. Na ocasião ele negou que tenha havido fraude na licitação das empresas, mas admitiu que existia tratativa para que recebesse propina.
“Admitiu que houve tratativas referentes ao pagamento de propina por parte de empresas integrantes do consórcio vencedor do certame, revelando a ocorrência dos crimes de corrupção ativa e passiva, bem como lavagem de dinheiro”, diz trecho do documento .
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