O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou três pessoas por corrupção ativa em um esquema que facilitava a entrada de aparelhos celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. A sentença, desta quarta-feira (11), destacou que Raihson Wagner de Oliveira Leite, Evandro Souza Medeiros e Eliane Maria da Silva ofereciam propina a policiais penais para que permitissem a entrada dos dispositivos na unidade prisional.
Raihson e Evandro foram condenados a cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, enquanto Eliane recebeu pena de 4 anos de prisão. A condenação foi baseada em interceptações telefônicas autorizadas judicialmente, além de relatórios do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e depoimentos colhidos ao longo da instrução.
Evandro já havia sido condenado, em 2011, a 18 anos de prisão pelo homicídio de sua esposa, Marinez Socoloski. De acordo com a sentença, ele a matou, na frente dos filhos, por ciúmes, por ela ter recebido uma ligação em seu celular.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apontou que o ex-policial penal Joanísio Rosa de Morais, apontado como principal articulador do esquema, recebia propinas de até R$ 300 por celular introduzido no presídio. Joanísio chegou a ser preso em flagrante com diversos aparelhos escondidos na perna. Ele firmou acordo de não persecução penal (ANPP) e teve seu processo desmembrado.
“Os detentos, por sua vez, coordenavam com amigos e familiares para que estes entregassem os celulares e realizassem os pagamentos a JOANÍSIO. [...] Uma vez de posse dos itens, JOANÍSIO, em conluio com o codenunciado JUAREZ, promovia a entrada e entrega dos celulares aos reeducandos, que os utilizavam para coordenar crimes externos e se comunicar com o exterior”, destacou o juiz.
As investigações indicaram que familiares e comparsas dos detentos realizavam os pagamentos e entregavam os celulares aos agentes penitenciários, que permitiam o ingresso dos itens ilícitos. Os aparelhos eram usados pelos presos para coordenar atividades criminosas fora da prisão.
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