A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) que reultou na Operação Sodoma 5, deflagrada terça-feira (14), aponta que o ex-secretário adjunto da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Valdizio Viriato é sócio do ex-presidente do (Departamento Estadual de Trânsito (Detran) Giancarlo da Silva Lara Castrillo, na empresa BVPX Camboriú LTDA. A empresa tinha endereço fixo em Santa Catarina. Estado que Valdísio recebeu voz de prisão decretado pela Justiça de Mato Grosso.
Castrillon foi exonerado do cargo no Detran-MT após busca e apreensão referente à Operação Ararath, em 2013, na qual foram encontrados R$ 100 mil em sua casa. Apesar de passados quase quatro anos, o ex-superintendente é investigado pela suspeita de promover superfaturamento na contratação de empresas junto ao Detran.
“Giancarlo também é investigado pela provável participação em um esquema de superfaturamento e contratação de empresa quando chefiava o Detran deste Estado”, diz trecho da decisão da juíza Selma Arruda que prendeu Valdizio.
Valdizio foi preso no dia 14 deste mês em Santa Catarina e recambiado para Cuiabá na tarde desta quarta-feira (15). Ele é acusado na Operção Sodoma 5, de fazer parte da organização criminosa supostamente liderada por Silval Barbosa (PMDB) e que agia de forma a proporcionar desvios dos cofres públicos em prol dos interesses do grupo.
O MPE ressalta que a empresa era utilizada para a lavagem do dinheiro desviado dos cofres públicos, investigados na Operação Sodoma 5. A denúncia aponta que quando a empresa foi constituída, Castrillon era assessora parlamentar na Assembleia Legislativa (ALMT) e posteriormente assumiu a função de Secretário de Orçamento e Finanças.
Saindo da Assembleia, ele foi nomeado presidente do Detran. Esses cargos, segundo a investigação, eram incompatíveis com a administração de uma empresa há mais de dois mil quilômetros de Cuiabá. Ele foi exonerado do cargo em 2013 quando foi alvo da operação Ararath.
Castrillon também é investigado por suspeita de superfaturamento na contratação de empresa prestadora de serviços ao Detran. “Não é difícil concluir que a parceria e Valdísio Viriato e Giancarlo Castrillon tenha como escopo a finalidade de proventos obtidos com atividade ilícita da organização criminosa”, ressalta trecho da decisão.
Investigação no Detran
Em 2015, o ex-presidente do Detran Teodoro Moreira Lopes, o Dóia, afirmou em delação ao Ministério Público, que havia corrupção dentro do órgão.
A colaboração feita em 2015 por Dóia ainda não foi homologada pela Justiça que alegou que o Doía foi omisso em seu depoimento.
As suspeitas quanto a corrupção na autarquia teve início após denúncias anônimas e foi aberto inquérito para apurar os fatos pelo MPE. Dóia admitiu que os atos ilícitos na autarquia. Em seu depoimento, em 2015, o ex-presidente assumiu crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação.
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