Dezesseis testemunhas do caso do tenente Carlos Henrique Scheifer começaram a ser ouvidas na tarde desta segunda-feira (17) pelo juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar. O caso ganhou grande repercussão em maio de 2017, quando Scheifer foi morto em uma simulação de confronto.
As testemunhas ouvidas foram solicitadas por três policiais, apontados como réus no processo. São acusados pela morte do tenente os seguintes militares: Lucélio Gomes Jacinto, Joailton Lopes de Amorim e Werney Cavalcante Jovino, que estiveram no local do crime, em Distrito de União do Norte (700 km da Capital).
A Justiça também tenta esclarecer um suposto abuso cometido pelo cabo da PM Lucélio Jacinto. Ele é apontado como sendo o proprietário da arma que disparou contra Scheifer e o matou.
Os policiais militares da região que atenderam a ocorrência relataram que foram impedidos de chegar até o corpo. Assim, desconfiandos da versão dada inicialmente pelos policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), eles prestaram depoimento contando sobre o ocorrido.
Relembre o caso
O tenente Carlos Henrique Paschiotto Scheifer, 27 anos, estava lotado na equipe do Bope e foi morto em maio de 2017, após uma simulação de confronto entre bandidos. Ele foi atingido com um tiro no abdômen, em um distrito rural de Peixoto de Azevedo (700 km de Cuiabá).
Várias versões foram dadas para morte de Scheifer e todas desmentidas pelo coronel da Polícia Militar Carlos Eduardo Pinheiro da Silva. Ele alega que não existiu confronto e, sim, que o tiro que atingiu o tenente partiu da arma de um de seus colegas de patrulhamento.
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