Autor de diversos crimes, Sandro da Silva Rabelo, conhecido popularmente como “Sandro Louco”, foi absolvido, nesta sexta-feira (23), da morte do ex-detento Pedro Raimundo de Oliveira, conhecido como “Pedrinho”. O julgamento, feito por júri popular, foi realizado por videoconferência na Primeira Vara Criminal de Cuiabá, uma vez que o réu se encontra no Presídio de Segurança Máxima de Catanduvas, no interior do Paraná. Os advogados do acusado, Jorge Godoy e Neyman Monteiro, não concordaram com a novidade, e queriam a presença do cliente.
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A sentença foi proferida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, que presidiu o júri.
Segundo o documento, o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou que, em 2005, quando Sandro ainda era detento na Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada no bairro Pascoal Ramos, ele, com auxílio de outro preso, teria rendido e feito refém um agente prisional. Ele ameaçou a vida do agente e determinou que um segundo guarda lhe desse a chave da cela onde estava Pedrinho.
A vítima foi retirada da cela e deixada no meio do corredor, onde recebeu golpes de outros detentos, foi espancada e morta.
A promotora de Justiça Marcelli Rodrigues, em sua sustentação, responsabilizou Sandro pela morte da vítima, considerando que ele era o líder dos detentos.
No entanto, o entendimento não foi o mesmo que o do júri popular, que considerou que, embora, de fato, Sandro tivesse coagido os agentes, o acusado não determinou os atos os detentos. Eles consideraram o depoimento de um dos agentes envolvidos, que relatou que não viu, em nenhum momento, o acusado ordenando nem participando da morte da vítima.
Diante do entendimento, Sandro foi absolvido deste crime.
Na próxima segunda-feira (27), o detento deve passar por uma segunda sessão de julgamento, que trata sobre o assassinato do policial militar Jurandir Alberto Anunciação e da tentativa de homicídio de Benedito Bispo da Rosa e Wilton Silva Delgado.
O detento o é acusado de diversos crimes e já possui extensa lista de condenações, que, somadas, ultrapassam 200 anos de reclusão.
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