Integrante da empresa Ello/FMC, João Henrique Sales de Souza confessou a sua participação nos crimes do jogo do bicho. Em depoimento na tarde desta terça-feira (4) na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o homem confirmou ao delegado titular Flávio Stringueta que fazia parte da organização criminosa.
“Ele confessou mesmo que fazia parte da organização criminosa, ele confessou a sua participação apenas. Só quem ganhava dinheiro com o jogo do bicho eram os líderes, os donos da empresa. Os outros ganhavam uma merreca para sobreviver”, disse a autoridade policial aos jornalistas.
Prestaram depoimentos também outros dois integrantes da empresa Ello/FMC. São eles: Bruno Almeida dos Reis, que era o supervisor da Baixada Cuiabana, e Alexsandro Correia, supervisor de Cuiabá. Ambos estão presos na Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada em Cuiabá.
A empresa Ello/FMC era comandado por Frederico Müller Coutinho, preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
Também foram ouvidos três integrantes da empresa Colibri: Mariano Oliveira da Silva, gerente da região Norte; Marcelo Gomes Honorato, que tinha a função de recolher e dar suporte; e Giovanni Zem. Este último é genro do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro, líder da organização. Todos eles estão presos na PCE.
De acordo com Stringueta todos estes citados decidiram ficar em silêncio e não falar no depoimento. Depois do procedimento, os seis detidos foram encaminhados as unidades penitenciárias onde ficarão à disposição da Justiça.
Na próxima quarta-feira (5) e quinta-feira (6), estão previstos os depoimentos dos líderes das duas organizações.
Operação Mantus
O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flávio Stringueta, cita a integração entre a GCCO e a Defaz como um dos pontos principais para o êxito das investigações. “Em especial, dos Núcleos de Inteligência, que desempenharam um trabalho de excelência, sob a coordenação do delegado Luiz Henrique Damasceno”, destacou.
Para o delegado Luiz Henrique Damasceno, um dos coordenadores das investigações, a ação demonstra o trabalho qualificado da Polícia Civil, que por meio do uso do Laboratório de Dinheiro, visou atacar principalmente o aspecto financeiro das organizações criminosas.
A operação coordenada pela Diretoria de Atividades Especiais, conta com o apoio da Diretoria Metropolitana, Diretoria do Interior, além do auxílio do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil na coleta dos dados, que foram trabalhados pelas equipes que atuaram diretamente no Inquérito Policial.
De acordo com nota, a PJC escolheu o nome de Mantus da mitologia etrusca. Manto (em latim, Mantus) é o Deus do mundo dos mortos no vale do Rio Pó. Manto também é conhecido como o Deus do azar, onde chamava atenção de suas vítimas através de jogos, roubando assim suas almas.
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