Em relatório divulgado neste domingo, 13, Brzeski e Fechner afirmam que este não é o cenário-base da instituição, que espera algum tipo de acordo entre EUA e UE antes de 1º agosto, data em que a sobretaxa entraria em vigor. A expectativa é que as negociações resultem em uma tarifa universal de 10% para o bloco, com alíquotas setoriais entre 20% e 25%. Como resultado, a tarifa efetiva ficaria perto de 20%. "Isso é uma afirmação convicta? Não", ponderam os analistas.
Segundo o ING, um potencial acordo entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o bloco não marcaria o fim do que chamaram de "saga tarifária". Acordos comerciais normalmente são compostos de "centenas de páginas", e as conversações em torno deles não duram semanas, mas sim meses e anos, observa o banco. "Portanto, qualquer 'grande, belo acordo' a ser alcançado nas próximas semanas não virá com garantia de que durará", ressaltam Brzeski e Fechner.
No instável cenário comercial atual, nenhuma solução pode ser dada como certa, avalia o ING. Para a instituição, os próximos desdobramentos dependem totalmente dos "caprichos" da administração Trump. Com um comércio global mais volátil, a saída será a busca de novos parceiros comerciais, como a União Europeia já tem feito, dizem os analistas, para quem um momento decisivo na ofensiva comercial está próximo, após o anúncio da tarifa americana de 30% sobre a UE e também sobre o México.
Sobre o país latino-americano, os analistas do ING afirmam que há a perspectiva de um acordo iminente com os EUA. Já em relação ao bloco europeu, que adiou a retaliação, acompanhar as próximas três semanas será crucial, reforçam. "Mesmo que um acordo seja alcançado, pode não trazer certeza duradoura para o comércio global."
(Com Agência Estado)
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