"No final das contas, se eu gasto muito, eu estou comprometendo as próximas gerações", afirmou, dizendo que se um governo gasta muito, vai precisar emitir mais dívida, o que acaba mexendo com a taxa de juros, ou emitir mais moeda, o que mexe com a inflação.
"No final das contas, estamos falando de aumento de imposto quando falamos de um governo gastando mais, estamos falando de atacar diretamente a produtividade, estamos falando de não crescer. Ao fim e ao cabo, é isso", resume o governador.
Tarcísio afirma que um problema fiscal é a vinculação da receita ao Orçamento, que "traz uma amarra muito grande". Ele exemplifica que a Constituição Federal estabelece o piso para gasto com educação de 25%, e de gasto com saúde de 12%. Só que "de lá para cá, o que mudou?"
"População mudou, a demografia mudou. Os casais têm cada vez menos filhos, você tem uma curva decrescente de matrículas e tem que inventar despesas, às vezes, para cumprir o mínimo", disse, acrescentando que, como a população está envelhecendo, poderia flexibilizar o piso da educação para alocá-lo na saúde.
Outro ponto seria a desindexação do que é necessário, segundo o governador. "Você tem uma economia muito indexada. Algumas despesas que você aumenta, provocam um buraco grande", disse. Já o terceiro ponto, segundo o governador, é algo que já foi feito em São Paulo: a revisão de benefícios tributários.
As declarações foram feitas no painel Reflexões sobre São Paulo e Brasil, no evento Warren Day, em São Paulo.
Contato: caroline.aragaki@estadao.com; eduardo.laguna@estadao.com
(Com Agência Estado)
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