"Estamos no momento em uma instrução complementar para o tribunal formar a sua massa crítica de apreciação para ter sua opinião e decisão", disse o relator do caso, conselheiro José Levi Mello do Amaral Jr.
Segundo ele, o Departamento de Estudos Econômicos do órgão está estudando as questões concorrenciais, realizando novos testes de mercado. "Queremos formar um quadro o mais completo possível, que poderá confirmar a Superintendência-Geral ou dar outras abordagens àquilo que a Superintendência-Geral fez", explicou.
A operação foi aprovada sem restrições pela Superintendência-Geral (SG) do Cade, área técnica do órgão, no início de junho de 2025. Um recurso foi apresentado no dia 23 daquele mês, o que levou o processo a subir para o tribunal administrativo.
"Não consigo neste momento avaliar o que seria um denominador comum entre conselheiros. Vou tentar ter uma ideia inicial do que seria esse denominador comum em termos de eventual reprovação, eventual aprovação, e, no caso de aprovação, se há ou não, hipótese de remédios".
Segundo ele, caso haja necessidade de remédios, será buscado o consenso e uma negociação "a bem da concorrência" promovida pelo Cade.
"No que depender de mim, o Cade a princípio não vai propor remédios, mas ele vai provocar que interessadas e terceiros interessados cogitem remédios. Aliás, um pouco disso já houve aqui, houve um ensaio desse tipo de coisa", completou.
"Ainda temos tempo para fazer a apreciação", disse. Em agosto, o Cade decidiu prorrogar o prazo e a análise da fusão Petz-Cobasi por mais 90 dias. "Estamos em momento ainda muito embrionário do juízo do tribunal e essa audiência pública é algo muito estratégico para a gente dar alguns passos adiante".
Ele deu as declarações após ser questionado pela deputada federal Gisela Simona (União-MT) sobre as hipóteses de aprovação da operação.
O acordo de associação para combinação dos negócios das duas varejistas foi assinado em agosto de 2024. A ideia é que ela seja implementada por meio de uma incorporação das ações da Petz pela Cobasi. Como resultado da operação pretendida, os atuais acionistas da Petz e da Cobasi receberão, respectivamente, 52,6% e 47,4% da companhia combinada, e a Petz passará a ser subsidiária integral.
(Com Agência Estado)
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