Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do ouro para entrega em junho fechou em queda de 0,43%, a US$ 3.319,1 por onça-troy. No mês, o metal teve valorização de 5,18%.
A trégua parcial nas disputas comerciais e o otimismo geopolítico reduziram a busca por ativos de proteção. O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para aliviar tarifas sobre alguns produtos importados e sinalizou avanços nas negociações com parceiros estratégicos. Segundo analistas da SP Angel, a menor tensão comercial e a esperança de um acordo entre Rússia e Ucrânia diminuem a demanda por ouro como ativo de segurança.
Segundo eles, os fundos de índice (ETFs) registram saídas líquidas, o que reforça o cenário de realização de lucros. Ainda assim, a demanda por ativos defensivos persiste em algumas regiões. "Investidores chineses continuam comprando ouro em meio à crise imobiliária e à fraqueza do yuan", destaca o relatório.
No cenário macroeconômico, o PIB dos EUA no 1º trimestre surpreendeu negativamente com uma queda de 0,3%, frente à expectativa de alta de 0,1%, indicando desaceleração em relação ao crescimento do 4º trimestre de 2024. O número será crucial para a próxima decisão de juros do Federal Reserve, marcada para 7 de maio. Trump também voltou a criticar o presidente do Fed, Jerome Powell, dizendo "saber mais sobre juros" e que o dirigente do BC americano "não está fazendo um bom trabalho".
Para Christopher Lewis, da FXEmpire, a desaceleração da economia dos EUA e o risco de recessão continuam a sustentar a narrativa favorável ao ouro, em meio à fragilidade do dólar e tensões geopolíticas globais. "Com os dados fracos do PIB, o ouro ganhou fôlego. O mercado ainda trata quedas como oportunidades de compra". O JP Morgan tem a projeção de que o metal dourado alcance US$ 4.000 até o segundo trimestre de 2026.
*Com informações da Dow Jones Newswires
(Com Agência Estado)
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