Nessa avaliação, o BC ressaltou que é mais relevante focar nos fundamentos subjacentes da inflação de serviços, principalmente possíveis mudanças no mercado de trabalho e na dinâmica da atividade econômica, do que "em movimentos pontuais da inflação de serviços, relativos a algum componente ou algum período".
Na semana passada, o Copom iniciou o ciclo de afrouxamento da Selic com uma queda de 0,50 ponto porcentual, de 13,75% para 13,25% ao ano, após um ano de estabilidade.
No debate sobre a inflação, o BC manteve a avaliação de que a dinâmica da desinflação segue caracterizada por um processo com dois estágios distintos, sendo que o estágio inicial se mostrou mais profundo do que o esperado em função da dinâmica mais favorável de alimentos, industriais e do comportamento dos preços no atacado.
Nesse sentido, o BC disse que a dinâmica recente da taxa de câmbio e do preço das commodities internacionais, ainda que exibindo maior volatilidade, contribuiu para arrefecer as pressões internacionais sobre a inflação no Brasil.
"Por um lado, esse fenômeno melhora a dinâmica do segundo estágio da desinflação, com uma inércia menor sobre os núcleos de inflação e sobre a inflação de serviços. Por outro lado, a volatilidade inerente aos componentes ligados a alimentos e bens industriais sugere a possibilidade de reversões abruptas, recomendando cautela", ponderou o BC.
Nesse debate, o comitê informou que foram mencionados os riscos, parcialmente incorporados no cenário-base, referentes a El Niño, assim como os referentes à evolução do preço internacional do petróleo, que seguiu a governança usual do Comitê em suas hipóteses. "Ao fim, concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária contracionista e cautelosa, de modo a reforçar a dinâmica desinflacionária."
(Com Agência Estado)
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