"O déficit primário, que há 10 anos supera 1,5% do PIB, vai cair para um patamar que não é o que nós gostaríamos. Mas nós estamos vivendo uma situação que nós temos que negociar todas as medidas, caso a caso e, em geral, com perdas", explicou, a jornalistas, em Washington DC, nos Estados Unidos.
De acordo com ele, nessas negociações, a Fazenda acaba ficando "desfalcada de algum pedaço que era importante para o fechamento das contas".
Haddad enfatizou que a Fazenda estabeleceu uma trajetória "consistente" com o equilíbrio da dívida pública mais "factível" à luz dos movimentos do Congresso Nacional nos últimos 15 meses do governo. O objetivo, acrescentou, é passar aos investidores e à sociedade uma meta "mais consistente" do que a que foi apresentada em março do ano passado.
"Nós aprendemos de março do ano passado para cá que nem tudo que nós entendemos que é justo, que é correto, que vai na direção correta, vai ser recebido pelo Congresso com a mesma sensibilidade", disse Haddad.
Conforme o ministro, o trabalho nas contas públicas está sendo feito e vai continuar. "Nós não temos dúvidas sobre a consistência das trajetórias", disse. "Não há razão para nós imaginarmos que os fundamentos da economia brasileira não estejam melhorando, inclusive porque a economia está crescendo e o crescimento é parte da solução dos problemas das contas públicas", concluiu.
(Com Agência Estado)
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