O martelo do leilão, vencido pela portuguesa Mota-Engil, foi batido por Tarcísio junto com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Ao abrir o seu discurso, Haddad afirmou que ninguém quer uma polarização do tipo autoritário, na qual o objetivo é eliminar o adversário.
"Aqui nós estamos dando uma demonstração da volta do espírito republicano para o Brasil. Da volta do espírito de parceria para o Brasil", declarou o ministro da Fazenda. "Esse espírito que deveria presidir os trabalhos da Federação sempre. Eu vejo aqui e ali na imprensa a menção à disputa de protagonismo por essa obra. Se tem uma coisa que não aconteceu no túnel Santos-Guarujá, foi disputa por protagonismo", acrescentou Haddad.
Desde o começo, emendou o ministro, o diálogo do governo federal com a administração estadual foi republicano para viabilizar a obra. "Ninguém ficou querendo sair na foto para deixar o outro para trás. Os dois governos deram-se as mãos pra chegar no dia de hoje e celebrar essa grande contratação."
Haddad ressaltou que o projeto do túnel é resultado de um "esforço conjunto", iniciado quando Alckmin era o governador do Estado. "Ao longo desses anos, nós fomos elaborando os trabalhos para viabilizá-lo", pontuou.
O ministro aproveitou para reforçar também que o governo retomou os investimentos em infraestrutura. "Nós estamos há muitos anos sem investimento em infraestrutura. E aqui envolve orçamento geral da União, orçamento geral do governo estadual. Ou seja, envolve dinheiro público, envolve uma estatal, uma autoridade portuária que permaneceu em mãos do Estado brasileiro", assinalou.
Para Haddad, o leilão do túnel representa a realização de mais um sonho antigo. "O presidente Lula tem o bom hábito de tentar realizar velhos sonhos que pareciam irrealizáveis", disse o ministro, citando, além do túnel, a transposição do rio São Francisco e a reforma tributária. "O presidente Lula tem esse bom hábito de não invocar a paternidade da ideia. Se a ideia é boa, ela tem que sair do papel. Se a ideia é boa, não importa como nós vamos viabilizar. Se vai ser em parceria com o governo da situação, da oposição. O importante é que a população de São Paulo finalmente vai ver uma obra imaginada 100 anos atrás sair do papel", concluiu.
(Com Agência Estado)
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