Na visão dele, o banco central poderia "drenar" o desempenho da economia dos Estados Unidos, caso pressionasse com altas adicionais nos juros básicos. Bostic apontou, por exemplo, que a busca por estabilidade de preços se tornou mais complicada após as turbulências bancárias de março, embora o contágio não tenha se materializado até o momento e o estresse tenha resultado em maior seletividade no fornecimento de crédito.
O dirigente comentou ainda que o aperto no crédito por instituições financeiras americanas se tornou uma ferramenta essencial para redução da inflação ao equilibrar e reduzir diferenças entre oferta e demanda. Além disso, ele notou que o setor imobiliário e a indústria americana têm demonstrado sinais de desaceleração, assim como o mercado de trabalho, com queda nas contratações e vagas de emprego em comparação aos seus níveis "superaquecidos".
Tendo em vista este cenário, Bostic acredita que a inflação deve reduzir gradualmente, enfrentando algumas dificuldades pelo caminho, mas sem exigir uma deslocamento severo da economia por meio de mais aperto monetário.
Bostic observou que as primeiras altas de juros serviram apenas para retirar a política monetária do estado de acomodação adotado durante a pandemia e que as taxas só atingiram nível restritivo nos últimos oito ou nove meses. "Temos boas razões para esperar que o aperto de nossas políticas seja cada vez mais eficaz nos próximos meses, o que aceleraria o progresso de redução da inflação", pontuou.
O dirigente, contudo, destacou que também existiriam riscos de pausar o aperto monetário, como permitir que a inflação retome impulso de alta. Ele reforça que alguns fatores, como a maior desaceleração no mercado de trabalho, ainda são necessários para atingir a meta de inflação em 2%.
(Com Agência Estado)
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