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Cuiabanália Segunda-feira, 18 de Setembro de 2017, 17:43 - A | A

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Segunda-feira, 18 de Setembro de 2017, 17h:43 - A | A

CRACK IS WACK

Cliente reclama em vídeo e quadro de artista cuiabano é censurado em exposição no shopping

RENAN MARCEL

Um quadro do artista plástico cuiabano Gervane de Paula foi retirado de uma exposição coletiva realizada no Pantanal Shopping, após um cliente reclamar da obra nesse domingo (17).

 

Alan Cosme/HiperNoticias

Exposição Amo Cuiabá

 Painel do artista Gervane de Paula traz reflexão sobre o mundo das drogas

A pintura fazia parte de um conjunto de quadros, do mesmo artista, que trata do mundo das drogas.

 

Indignado, o cliente fez um vídeo, que circula pelas redes sociais, criticando o painel da exposição e alertando outros clientes.  Para ele, os pais não devem levar as crianças “num lugar imundo”. (veja abaixo).

 

“Pessoal, eu estou em uma exposição aqui no Shopping Pantanal e aí para vocês verem como o negócio a nível Brasil banalizou mesmo. Dá uma olhada no tipo de quadro que está sendo exposto aqui”, diz o homem.

 

“E se vocês perceberem aqui dentro tem família, com crianças. Então é isso que virou, parece que banalizou o negócio mesmo. Fica aí a dica para vocês não trazerem as suas crianças num lugar imundo como esse aqui não”, completa.

 

 

 

Em homenagem aos 300 anos da capital mato-grossense e intitulada “Eu amo Cuiabá”, a exposição reúne quadros de artistas cuiabanos como Adir Sodré, Benedito Nunes, Carlos Lopes, Capucine Picicaroli, Dalva de Barros, Jonas Barros e Ruth Albernaz.  Está em cartaz desde o final de agosto.

 

reprodução

gervane de paula

 

O quadro que foi retirado do painel de Gervane traz a frase “crack is wack” (droga é ruim) e mostra o desenho de duas pessoas nuas, consumindo droga.

 

Procurado pela reportagem do HiperNotíocias, o artista plástico disse que ficou surpreso com a censura. Gervane afirma que o conjunto de quadros tem o objetivo de promover reflexão sobre o mundo das drogas e suas consequências.

 

“As pinturas retratam cenas corriqueiras do mundo das drogas. Em nenhum dos quadros há apologia a nada”, afirma o pintor.

 

Para ele, a reclamação do cliente demonstra desconhecimento e falta de contato com a arte contemporânea. “Parece que nunca visitou um museu ou uma exposição de arte contemporânea”, critica. “Virou moda agora, né?! Tem tanta coisa para se preocupar. Tem tanta gente para perturbar, o prefeito, o Temer, os políticos, enfim”, lembra.

 

O pintor acredita que a crítica do cliente pode ter sido influenciada pelo caso da exposição “Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", interrompida pelo Santander Cultural, em Porto Alegre, após pressão do Movimento Brasil Livre (MBL) pelas redes sociais.

 

Outro lado

 

A assessoria do Pantanal Shopping afirmou que a exposição não é organizada pela administração do estabelecimento e o espaço é cedido.

 

Disse também que, ao receber a reclamação do cliente, informou o curador da mostra, João Manteufel, que, por sua vez, ficou de conversar com o artista para decidir sobre a retirada da obra do local. 

 

Ainda segundo a assessoria, o quadro pode retornar ao painel, o que até o momento não foi decidido. Caso volte, haverá informativo no local, recomendando a classificação etária. A reportagem não conseguiu contato com João Manteufel.

 

Veja a nota do shopping na íntegra: 

 

O Pantanal esclarece que o objetivo da exposição é dar espaço aos artistas locais e possibilitar que o público discuta e desenvolva senso crítico sobre os temas abordados nas obras. O shopping informa ainda que a exposição é aberta para visitantes de qualquer idade, mas que já estipulou uma classificação indicativa.

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Álbum de fotos

Alan Cosme/HiperNoticias

Alan Cosme/HiperNoticias

Alan Cosme/HiperNoticias

Alan Cosme/HiperNoticias

Alan Cosme/HiperNoticias

Alan Cosme/HiperNoticias

Alan Cosme/HiperNoticias

Alan Cosme/HiperNoticias

Alan Cosme/HiperNoticias

Alan Cosme/HiperNoticias

Comente esta notícia

Judite 19/09/2017

É um absurdo termos que lidar com tamanha ignorância cultural das pessoas. O intuito da obra é exatamente chocar quem se deparar com a proposta do artista. Droga estraga a vida! Droga gera prostituição! A droga mata você! Esse espanto da reflexão parece estar distante da província cuiabana que insiste em continuar na caverna. Acho que o shopping deveria se posicionar de forma ética e esclarecer as pessoas que obra de arte nem sempre será fofinha e infantil...

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Mel 19/09/2017

Preocupante observar dentro de nossas dinâmicas sociais tanta desinformaçao e a falta de letramento crítico. Espera-se que o curador desta exposição saiba conduzir este problema com clareza, pois é preciso garantir o espaço dos artistas, da exposição (que sempre amo frequentar), provocando, instigando o público, são tempos obscuros e é necessário ter posicionamentos, ou somos pela arte, ou somos pelo consumismo e a intenção não é agradar ng, a arte precisa ser livre para expressar o que vier. Quem nao curtiu, que continue nos filmecos de Hollywood, que procure suas opções em outros espaços.

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André 19/09/2017

Bom que o Gervanne eh casado e tem filhos neh, pessoal nunca foi em um Museu, mal frequenta um teatro ou se quer lê um livro, passa o dia no celular ou na tv e se acha o crítico de arte. Bando de bo

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Gilberto 19/09/2017

É, de fato virou uma banalidade. Há quem se indigne com uma obra de arte que faz crítica ao uso de droga,mas não percebe a droga que é o consumismo, representado pelos shoppings. Portanto, leve seus filhos para escolas que exercitem a diversidade, que sejam ecléticas, que sejam contemporâneas e eles entenderão a diferença entre o consumismo e a crítica ao consumo; levem seus filhos para os museus e eles entenderão a expressão da cultura, através dos tempos, e até entenderão o quanto ela tem resistido às afrontas da hipocrisia; levem seus filhos à qualquer lugar, pois provavelmente em casa não têm um ambiente de diálogo, de harmonia ou mesmo de afetividade, pois quando tem estão preparados ou em preparo para entenderem para além do obtuso. Se há algo que os filhos precisam não é a censura preconceituosa e inerente a um adulto, mas sim a possibilidade de ver o todo e dele construir um mundo que necessariamente é diversificado. Portanto, respeito o direito do cidadão que não gosta de algo, não vou impedi-lo de circular, mas não lhe cabe tentar impedir os outros de verem uma expressão artística. Veja, isso é uma expressão artística, uma representação da realidade. Que façamos algo para enfrentar a perversa realidade e não para cercear a ação do artista.

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ezequiel paixao 18/09/2017

Esses artistas só pensam em viadagem.e quaquer bósta que fazem dizem que é arte. Boicotem esse shopping e a exposição acaba rapidinho. Essa viadagem tem que acabar.

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5 comentários

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