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Cuiabanália Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025, 20:27 - A | A

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Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025, 20h:27 - A | A

DO COCHO AO ROCK

Billy Espíndola quer entregar guitarra de cocho a Slash em show do Guns N’ Roses

Músico cuiabano mistura rock com tradição mato-grossense e sonha em presentear seu ídolo com instrumento símbolo da cultura local

DA REDAÇÃO

Ainda criança, entre 5 e 7 anos, Billy Espíndola aprendeu seus primeiros acordes com o pai, Olavo Espíndola, o “Bolinha”. Curiosamente, Bolinha não era músico, mas representante comercial. Mesmo assim, bastaram três acordes para despertar em Billy uma paixão que definiria toda a sua vida.

Na adolescência, ele dividia o amor pela música com outra paixão: o skate. E foi justamente nas rodas de skate que o rock entrou com força em sua vida. A partir dali, a trilha estava traçada. Billy formou sua primeira banda, Lord Crossroad, e passou a participar de importantes festivais, como o Calango, Grito Rock e Festival de Inverno.

Mais tarde, já em carreira solo, Billy abriu shows de grandes nomes da música brasileira, como Zeca Baleiro, Lenine, Raimundos, Barão Vermelho e Detonautas. Também representou Mato Grosso em momentos históricos, como o revezamento da Tocha Olímpica em Cuiabá e apresentações durante a Copa do Mundo.

Hoje, ele concentra suas energias em seu projeto principal: “Billy Espíndola e a Guitarra de Cocho”, uma fusão entre o som tradicional mato-grossense e o rock.

“Meu pai não era músico, mas foi o meu maior professor”, relembra Billy. “O maior legado que ele me deixou foi o valor do trabalho. Ele veio da roça, chegou em Cuiabá sem nada e construiu o próprio império com dedicação e compromisso. Me mostrou que é possível conquistar o que se quer com força de vontade.”

A admiração pelo pai, que faleceu há poucos meses, foi o impulso para que Billy criasse o Espaço Toma, um centro musical que reúne estúdio de ensaio, estúdio de gravação, oficina para manutenção de instrumentos e produtora de eventos. O local se tornou ponto de encontro de artistas e músicos da cena cuiabana.

Dona Albimara Espíndola, mãe de Billy, também teve papel fundamental em sua formação artística. Foi ela quem o apresentou à black music, ao som de Jackson 5 e Bee Gees, cultivando nele um ouvido sensível à harmonia e ao ritmo.

Billy chegou a tentar cursar Administração, mas logo percebeu que sua verdadeira vocação estava nos acordes. “No final do primeiro semestre, eu já estava envolvido com os músicos de cada curso, me tornei amigo de todos os músicos da faculdade”, conta.

Entre suas maiores influências estão a banda cristã Oficina G3 e Charlie Brown Jr., no cenário nacional, e, no internacional, Led Zeppelin e Guns N’ Roses — especialmente Slash, o lendário guitarrista do grupo.

“Quando confirmaram o show do Guns N’ Roses em Cuiabá, eu pensei: ‘Preciso mostrar a guitarra de cocho para esse cara’. Tudo o que sou como músico também é responsabilidade dele”, revela Billy.

Para ele, Slash é muito mais que um ídolo do rock: “Ele está acima do rock and roll. Gravou com o rei do pop, Michael Jackson, e sua parceria com ele foi mais marcante do que com Eddie Van Halen, porque o Slash gravou mais músicas e se apresentou em mais shows e ocasiões especiais. Ele furou a bolha. Tenho um carinho e uma admiração imensa por ele.”

Pai de Caio Júnior, de apenas cinco anos, Billy se emociona ao falar do menino, que nasceu literalmente dentro do estúdio. “Ele me ajuda a arrumar as guitarras, já tem o próprio estúdio, com bateria, microfone, violão e amplificador. Tento não influenciar tanto, deixo ele escolher o caminho, mas ensino que sucesso só vem com trabalho.”

Agora, Billy vive um novo propósito: entregar uma guitarra de cocho — instrumento símbolo da cultura mato-grossense e patrimônio nacional — ao seu grande ídolo, Slash, durante o show do Guns N’ Roses em Cuiabá, no dia 31 de outubro.

“Independente de ser no palco, no camarim ou no hotel, eu só quero entregar a guitarra de cocho para o Slash”, diz emocionado. “Imagina ele olhando o instrumento e dizendo ‘Ow! It’s cool!’ Pronto, zeramos o game. Eu posso até me aposentar depois disso.”

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