O vereador Ricardo Saad (PSDB), relator do processo de investigação contra o ex-presidente da Câmara Municipal, vereador João Emanuel (PSD), em andamento na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa de Leis, afirma que o laudo técnico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que confirma a veracidade do teor do vídeo em que João Emanuel foi flagrado admitindo prática de propina na Câmara, 'complica' a situação do socialdemocrata.
O laudo foi solicitado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) que comandou as investigações da Operação Aprendiz e deve chegar as mãos de Saad ainda nesta quarta-feira (22). Segundo o vereador, o documento passa a ser a peça mais importante no processo de investigação, tendo em vista que o principal argumento de defesa do vereador investigado era de que houve montagem no vídeo gravado pela Ruth Hércia, proprietária dos terrenos envolvidos no esquema.
“Agora à tarde vou solicitar que o presidente da Comissão de Ética, vereador Toninho de Souza (PSD), para que ele solicite do Gaeco esse laudo técnico para anexarmos ao processo e dar procedimento na análise do pedido de cassação. Agora com esse laudo, só piorou a situação do vereador João Emanuel, porque com o laudo feito, comprovando que o vídeo é verídico, derruba a tese da defesa dele. Mas vamos aguardar o recebimento, vamos analisar e vamos abrir o prazo de defesa para ele [João Emanuel] para concluir sem fazer nenhum Pré-julgamento”, disse o relator.
|
Segundo a assessoria do Ministério Público Estadual (MPE/MT), o material foi encaminhado à Politec em 16 de dezembro de 2013 por conta das declarações feitas po João Emanuel à imprensa de que houve edição, montagem/trucagem no material recebido pelo Gaeco com intuito de comprometê-lo politicamente.
“De acordo com o resultado do laudo, as análises de coerência perceptiva e contextual bem como sincronismo entre áudio e vídeo indicam a inexistência de qualquer tipo de montagem ou fraude. Já em relação ao exame óptico e acústico, a conclusão foi de que o vídeo é formado por um trecho contínuo, conexo e com coerência entre áudio e vídeo”, diz a nota do MPE.
Já o advogado Eduardo Mahon, que defende Emanuel, disse estar tranquilo quanto ao laudo emitido pela Politec, porque a defesa do acusado não teve acesso ao pedido e não indicou nenhum técnico para acompanhar o laudo.
“Estou tranquilo porque mesmo com esse pedido de laudo feito pelo Gaeco, o vídeo ainda continua não sendo prova. Porque não comuniciou a defesa do vereador João Emanuel para que ele indicasse um técnico para acompanhar o laudo? Então, quando o inquérito virar ação, nós vamos pedir que o vídeo deixe de ser prova no processo e também pediremos um novo laudo, com a participação da defesa do vereador”, explicou Mahon.
|
ENTENDA O CASO
O Gaeco deflagrou no final de novembro de 2013, a “Operação Aprendiz”, cuja finalidade foi desarticular o esquema criminoso de desvio de dinheiro público através de fraude em licitação no âmbito das compras realizadas pela Câmara Municipal de Cuiabá.
Oito mandados de busca e apreensão foram realizados na Câmara Municipal de Cuiabá, na residência do presidente João Emanuel, na gráfica Propel, no cartório Segundo Serviço Notarial e Registral de Várzea Grande, em um escritório de contabilidade e três residências na capital.
Um dia após a operação, a juíza Selma Rosane Santos Arruda determinou o afastamento liminar (decisão provisória) de Emanuel Lima da sua função de presidente da Câmara de Cuiabá. A decisão foi tomada, após pedido foi feito pelo Ministério Público por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
|
No dia três de dezembro de 2013, João Emanuel anunciou a sua destituição da presidência do Legislativo. Em um discurso no plenário que durou aproximadamente 12 minutos, o vereador explicou que a medida foi tomada, pois ele está sendo “linchado sem qualquer instrumento de defesa”.
Ontem (21) os vereadores membros da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá realizaram a primeira reunião com objetivo de deliberar a respeito do processo em desfavor do ex-presidente da Casa de Leis, João Emanuel (PSD). O trabalho pode resultar no pedido de cassação do mandato do socialdemocrata por quebra de decoro parlamentar.
A partir de quatro de fevereiro, data em que a Casa retorna do recesso, João Emanuel já será notificado e terá 15 dias para encaminhar por escrito sua defesa. Posteriormente, a Comissão terá mais 15 dias para analisar o pronunciamento do socialdemocrata. Em decorrência dos prazos e detalhes da investigação, Toninho garantiu que os trabalhos estão em andamento antes do retorno do recesso parlamentar devido ao volume de páginas a serem estudadas.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
valter do forno 22/01/2014
CHEGA DE PIZZA...TÁ NA HORA DESSA CAMARA DAR UMA LIÇÃO NO APRENDIZ...VAMOS CASSAR...CADE OS JOVENS NESSA HORA...VAMOS PROTESTAR NA CAMARA!!!
1 comentários