Último preso por envolvimento nas cartas de crédito é ouvido nesta terça

Mayke Toscano/Hipernoticias

Na véspera de completar uma semana da operação das “Cartas Marcadas”, deflagrada na última quarta-feira (14), a Delegacia Fazendária (Defaz) encerra a coleta de depoimentos dos seis presos nesta terça-feira (20). Desde quinta-feira passada (15) os acusados de envolvimento no esquema das cartas de créditos superfaturadas são ouvidos.

Nesta terça-feira (20) o último a ser ouvido é o José Constantino Júnior, funcionário do advogado Ocimar Carneiro Campos, concunhado do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD).

O delegado Lindomar Tófoli revelou que interrogatório de hoje não vai demorar muito e mais uma vez ressaltou que os depoimentos estão dentro do esperado. Tófoli, no entanto, não quis adiantar teor das declarações dos presos.

O delegado ainda disse que após prestar depoimento, José Constantino Júnior, que também foi o último a se entregar após operação ser deflagrada, será liberado já na quarta-feira (21).

Os outros cinco presos já ganharam liberdade, já que a polícia não pediu prorrogação da prisão provisória. O argumento de Tófoli é que não havia argumentação para sustentar prisão dos acusados, por que eles contribuíram com as investigações. Os presos que já ganharam liberdade são: Ocimar Carneiro Campos (advogado), Enildo Martins (fiscal fazendário e membro do Sindicato dos Agentes da Administração Fazendária), Antonio Leite de Barros Neto (economista), Enelson Alessandro Nonato (advogado) e João Vicente Picorelli (ex-presidente do Sindicato dos Agentes de Administração Fazendária - SAAF/MT).

Para o delegado Tófoli, ainda não há uma previsão de quando os ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR), bem como o ex-secretário de Fazenda e atual da Secopa, Eder Moraes, bem como o atual titular da Sefaz, Edmilson dos Santos, e também o deputado estadual Gilmar Fabris serão chamados para depor.

A sustentação do delegado é que o inquérito é trabalhoso e que não dá para estipular um prazo para acontecer os interrogatórios. “Não é um inquérito simples, está sendo bem feito e com cuidado. Todos serão ouvidos”, argumentou Lindomar Tófoli.

O delegado acrescentou que com o encerramento dos interrogatórios dos presos, agora começa a chamar as testemunhas citadas no inquérito e só posterior a isso é que os políticos vão falar.

A OPERAÇÃO

A operação “Cartas Marcadas” é uma ação conjunta entre a Polícia Judiciária Civil (PJC), por meio da Defaz, e o Ministério Público de Mato Grosso (MPE/MT). As investigações, segundo o delegado, continuam e devem ser encerradas somente no final de janeiro de 2012.