Promotor começa análise dos documentos entregues por Brito

 

Mayke Toscano/Hipernotícias

Ex-diretor da extinta Agecopa, Carlos Britto, afimra que Eder Moraes é "um mentiroso"

 

O promotor de Patrimônio Público de Mato Grosso, Clovis Almeida Júnior, recebeu nesta quarta-feira do ex-diretor de Infraestrutura da extinta Agecopa, Carlos Brito, documentos que comprovariam o não envolvimento de Brito com a dispensa de licitação e contratação da Global Tech para fornecer 10 Land Rovers com radares russos ao patrulhamento na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia.

A análise da documentação começa já nesta quinta-feira (10) e não tem data para terminar.

Clovis Almeida Júnior disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que Carlos Brito deixou claro para o Ministério Público que não participou das decisões de Eder Moraes em dispensar licitações de compras dos equipamentos de patrulhamento na fronteira.

Segundo a assessoria, o promotor disse que são quase 600 páginas de documentos entregues por Carlos Brito.

O contrato de R$ 14,1 milhões (cada Land Rover sairia ao preço de R$ 1,4 milhão) foi anulado pelo Governo do Estado após comprovação de que a extinta Agecopa havia mentido em afirmar que a Global Tech era a única habilitada no país para fornecer tais equipamentos. O assunto foi fartamente divulgado pelo HiperNoticias.

A reação de Carlos Brito ocorreu porque na sexta-feira (4), quando o governador Silval Barbosa resolveu anular o contrato com a Global Tech, o atual diretor da Secopa, Eder Moraes, garantiu que a idealização do projeto de dispensa de licitação teria sido feita pelo ex-diretor de Infraestrutura da Agecopa. Leia aqui.

Nesta quarta-feira, por telefone, Brito falou com o HiperNoticias. Ele disse que não participou em nenhum momento de dispensa da licitação ou compra dos veículos de patrulhamento. “Eder é um mentiroso”, acusou. “Houve total participação dele em tudo”, acrescenta.

Carlos Brito afirmou que não quer se aprofundar mais a respeito dos documentos entregues ao Ministério Público. “O promotor (Clovis Almeida) recomendou cautela sobre este assunto”, finalizou.