Zequias Nobre/AGE-MT O governo do Estado vai se embasar por um relatório assinado pelo secretário auditor-geral do Estado, José Alves Pereira Filho, para se posicionar quanto às supostas irregularidades existentes na contratação pelo Estado, da GlobalTech, empresa que, segundo relatório do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) está “viciada” e foi apenas criada para atender a extinta Agecopa. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) também analisará as possíveis falhas na contratação da empresa, que vai administrar recursos na ordem de R$ 14,1 milhões para compra de 10 Land Rover com radares russos no emprego de patrulhamento na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. José Alves, como HiperNotícas informou em abril deste ano, teve o apoio do ex-chefe da Casa Civil Eder Moraes (também ex-presidente da Agecopa e hoje secretário da Copa) em sua indicação para o cargo de auditor-geral. No dia 31 de março, José Alves Pereira em seu discurso de posse agradeceu a Eder Moraes pelo “apoio dispensado junto ao governo “à sua indicação para a chefia da Auditoria.” Eder Moraes foi o principal articulador da ida à Rússia, no dia 30 de junho, da comitiva encabeçada pelo governador Silval Barbosa (PMDB). Lá foi efetivada a compra, com dispensa de licitação em favor da Global Tech, no valor de R$ 14 milhões em equipamentos móveis de monitoramento (Comam). Na ocasião da aquisição dos equipamentos, foram Eder e o ex-diretor de Finanças da Agecopa, Jefferson de Castro, quem assinaram o contrato do governo com a Global Tech, documento que também recebeu assinatura do ex-diretor de Planejamento da extinta autarquia, Yênes Magalhães. Outra “coincidência” na relação entre o secretário e o auditor é que José Alves Pereira também fez a auditagem e produziu o relatório final do caso que ficou conhecido como “Escândalo dos Maquinários”, em 2010, onde um suposto superfaturamento na aquisição de máquinas e caminhões teria envolvido várias secretarias, como a de Infraestrutura, a de Administração e a de Fazenda, esta última era comandada por Eder Moraes, cargo que ocupou antes de se tornar chefe da Casa Civil, o que o tirou do foco do “escândalo”. Resultado: Moraes não foi citado e muito menos responsabilizado pelo superfaturamento, além disso se manteve “intocável’ no staff no governo, que já era comandado por Silval. ANÁLISES O hoje secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, disse a HiperNoticias que ainda esta semana, apesar do feriado desta quarta-feira (2), essas análises devem ser entregues ao governador. “O governador determinou um levantamento completo sobre esse contrato que, atualmente, está vigorando normalmente e essas informações devem ser entregues ainda esta semana”, sinalizou. Lacerda ainda alegou que não há qualquer ligação do Estado com a Global Tech, exceto o contrato que vigora e sobre as possíveis irregularidades, cabe à empresa responder por elas. “O governo não tem nada a ver com a empresa privada, não respondemos por ela, quem faz isso é ela mesma, o governo está tratando isso com a cautela necessária”, avisou. Atualizada às 20h50
Auditor-geral do Estado, José Alves Pereira Filho, é quem vai dar parecer técnico a respeito da contratação da Global Tech
Josemar 02/11/2011
Tá chegando a hora da onça beber agua, se a PGE já falou e homologou com um parecer e disse que não tem nada de grave e a AGE também já esta se manifestando, começo a entender todo essa barburia!!!! isso tem nome: POLITICA e interesses partidarios!!!!!!! vamos ver se o hiper publica isso.
Josimar Freitas 02/11/2011
Conheço José Alves de longa data, desde quando ainda era Gestor Governamental na Secretaria de Fazenda, nos idos de 2004. Seu trabalho sempre foi marcado pela honestidade e lisura de suas ações e pelo compromisso incondicional à "coisa" pública. Tenho a certeza que ele não se daria a certos tipos de interesses escusos nem muito menos colocaria em risco aquilo pelo que mais presa: sua consciência e reputação.
2 comentários