Sexta-feira, 03 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,11
euro R$ 5,49
libra R$ 5,49

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,11
euro R$ 5,49
libra R$ 5,49

Política Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2013, 07:10 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2013, 07h:10 - A | A

FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO

Presidente afastado não paga R$ 100 mil inicial à vítima de terreno após acordo para evitar escândalo

João Emanuel foi flagrado em acordo para resolver compra de terreno. Ele não foi encontrado para comentar assunto

PAULO COELHO








Devido a um “cheque sem fundo”, o presidente afastado da Câmara de Cuiabá, João Emanuel Lima (PSD) não pagou, dentro do prazo prometido, os R$ 100 mil a título de lance inicial (entrada) na ‘negociação’ feita com Ruth Hercia da Silva Dutra, dona de dois terrenos no bairro Areão, em Cuiabá e que tiveram sua assinatura e a documentação dos lotes falsificadas em dois cartórios da Grande Cuiabá, a mando de articulação, direta ou indireta do vereador.

A informação consta em documento que o HiperNotícias teve acesso. O valor total do acordo, flagrado em vídeo e exibido pelo, é de R$ 500 mil, os R$ 100 mil de entrada e os demais R$ 400 mil parcelados em oito mensalidades de R$ 50 mil. O vereador foi afastado pela justiça da função semana passada por duas investigações contra ele. Demais vereadores já falam em destituí-lo do cargo.

Editoria de Arte/Hipernotícias

A alegação do descumprimento do acordo partiu, de Pablo Norberto Dutra Caires, filho de Ruth, em depoimento ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga, além da falsificação de documentos em terreno por parte do vereador, crimes como oferecimento de propina a vereadores e fraude em licitação.

Pablo, que esteve presente no ato da gravação do flagrante do vídeo, declarou ao Gaeco, em 18 de outubro passado, que “o Amarildo (dos Santos, um dos assessores diretos de João Emanuel) ligou para o depoente e disse que João Emanuel teve um problema para conseguir o dinheiro, pois o cheque que seria usado para sacar o dinheiro necessário estava sem fundos e não estava conseguindo falar com João em virtude do nascimento do filho daquele”.

Editoria de Arte/Hipernotícias

No trecho do depoimento, Pablo narra exatamente o que foi flagrado na gravação, quando João Emanuel, para tentar evitar um escândalo devido à falsificação no registro dos terrenos, oferece, aceita pagar sem “pexinxa (sic)” os R$ 500 mil pelos dois lotes.

Conforme mostrou a reportagem do HiperNotícias, no sábado (30), durante cerca de 26 minutos de gravação, feita a partir de uma microcâmera colocada na roupa de Ruth Dutra, o vereador João Emanuel por algumas vezes citou o nome do governador Silval Barbosa (PMDB) e do genro dele, deputado estadual José Riva (PSD), chegando a afirmar ser aquele “um negócio celebrado do Riva que tá feito já com o Caio (César Caio Vieira de Freitas)”, que ainda conforme Pablo, seria o dono de factoring.

A reportagem também teve acesso, a documentos oficiais que dão conta que Caio de Freitas tem empresa denominada CCV de Freitas, situada no Centro-Norte de Cuiabá.

Jorge Maciel/HiperNotícias

Devido investigação contra João Emanuel, vereadores foram intimados a esclarecer fraude em licitação na Câmara

Segundo a denúncia anônima que deu origem à investigação do Gaeco, ele teria ‘recebido’ os dois terrenos, que não eram de João Emanuel e nem de Riva, como garantia de um empréstimo de R$ 500 mil feito ao vereador. Só não contavam que a proprietária dos lotes apareceria em cena, refutando a venda e apontando as falsificações documentais.

CONFIRMAÇÃO DE NEGÓCIO

A mãe de Pablo, Ruth Dutra, também prestou depoimento ao Gaeco e confirmou que, “...percebendo a falsidade, João Emanuel ofereceu R$ 500.000,00 pelos terrenos e para que a declarante ratificasse a venda feita anteriormente de modo fraudulento (...)” e que nessa negociação, “João Emanuel comprometeu-se a pagar esse valor em dinheiro, prometendo repassar R$ 100.000,00 no dia 15/10/2013, ou seja, na terça-feira seguinte e o restante em parcelas de R$ 50.000,00 por mês”.

Procurado por telefone no domingo (1º) para falar sobre o assunto, João Emanuel não foi encontrado, pois o telefone estava fora de área. Porém no sábado, dia 30, o vereador acusou “trucagens nas imagens”.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros