Devido a um “cheque sem fundo”, o presidente afastado da Câmara de Cuiabá, João Emanuel Lima (PSD) não pagou, dentro do prazo prometido, os R$ 100 mil a título de lance inicial (entrada) na ‘negociação’ feita com Ruth Hercia da Silva Dutra, dona de dois terrenos no bairro Areão, em Cuiabá e que tiveram sua assinatura e a documentação dos lotes falsificadas em dois cartórios da Grande Cuiabá, a mando de articulação, direta ou indireta do vereador.
A informação consta em documento que o HiperNotícias teve acesso. O valor total do acordo, flagrado em vídeo e exibido pelo, é de R$ 500 mil, os R$ 100 mil de entrada e os demais R$ 400 mil parcelados em oito mensalidades de R$ 50 mil. O vereador foi afastado pela justiça da função semana passada por duas investigações contra ele. Demais vereadores já falam em destituí-lo do cargo.
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Pablo, que esteve presente no ato da gravação do flagrante do vídeo, declarou ao Gaeco, em 18 de outubro passado, que “o Amarildo (dos Santos, um dos assessores diretos de João Emanuel) ligou para o depoente e disse que João Emanuel teve um problema para conseguir o dinheiro, pois o cheque que seria usado para sacar o dinheiro necessário estava sem fundos e não estava conseguindo falar com João em virtude do nascimento do filho daquele”.
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Conforme mostrou a reportagem do HiperNotícias, no sábado (30), durante cerca de 26 minutos de gravação, feita a partir de uma microcâmera colocada na roupa de Ruth Dutra, o vereador João Emanuel por algumas vezes citou o nome do governador Silval Barbosa (PMDB) e do genro dele, deputado estadual José Riva (PSD), chegando a afirmar ser aquele “um negócio celebrado do Riva que tá feito já com o Caio (César Caio Vieira de Freitas)”, que ainda conforme Pablo, seria o dono de factoring.
A reportagem também teve acesso, a documentos oficiais que dão conta que Caio de Freitas tem empresa denominada CCV de Freitas, situada no Centro-Norte de Cuiabá.
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CONFIRMAÇÃO DE NEGÓCIO
A mãe de Pablo, Ruth Dutra, também prestou depoimento ao Gaeco e confirmou que, “...percebendo a falsidade, João Emanuel ofereceu R$ 500.000,00 pelos terrenos e para que a declarante ratificasse a venda feita anteriormente de modo fraudulento (...)” e que nessa negociação, “João Emanuel comprometeu-se a pagar esse valor em dinheiro, prometendo repassar R$ 100.000,00 no dia 15/10/2013, ou seja, na terça-feira seguinte e o restante em parcelas de R$ 50.000,00 por mês”.
Procurado por telefone no domingo (1º) para falar sobre o assunto, João Emanuel não foi encontrado, pois o telefone estava fora de área. Porém no sábado, dia 30, o vereador acusou “trucagens nas imagens”.
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