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Política Sábado, 30 de Novembro de 2013, 09:58 - A | A

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Sábado, 30 de Novembro de 2013, 09h:58 - A | A

APRENDIZ ?

EXCLUSIVO: Acuado, João Emanuel envolve nomes de Riva e Silval em agiotagem

Vereador afirma que "forjaram esse flagrante preparado" e que vídeo tem "trucagens". Governo não se pronuncia e Riva não atende celular

PAULO COELHO

(Atualizada às 10h22)




O presidente afastado da Câmara de Cuiabá João Emanuel Lima (PSD) comprometeu os nomes do sogro dele, deputado estadual José Riva (PSD), e do governador Silval Barbosa (PMDB) para tentar contornar uma negociação de terreno mal sucedida que ele fez com o agiota de Cuiabá Caio César Vieira de Freitas.

Investigação do Ministério Público Estadual, via Gaeco, identificou que João Emanuel utilizou documento falso da propriedade para tentar captar dinheiro, além de ser acusado de fraude de licitação. O vereador enfrenta também proposta de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Grilagem urbana e foi afastado da presidência pela Operação O Aprendiz.


As constatações do uso dos nomes de Silval e Riva pelo parlamentar estão contidas numa gravação obtida pelo HiperNotícias.

A captação das imagens foi feita sob orientação do advogado José Rosa pela proprietária de dois terrenos em Cuiabá, que teriam sido apropriados indevidamente por João Emanuel, sob suspeita de falsificação de assinaturas e documentos em cartórios.

A proprietária dos terrenos, identificada como Ruth, surge em cena para questionar a venda da propriedade dela, sem sua autorização.

O vereador teria dado os terrenos como garantia, no valor de R$ 500 mil junto a Freitas que, por sua vez estaria fazendo pressão para se apossar dos imóveis negociados, que estão alugados por Ruth a terceiros.

Por temer que a reação dela se tornasse um escândalo, Emanuel insiste, na gravação, que o impasse seja resolvido de forma consensual, sem que ganhe “outros desdobramentos”, como o judicial, por exemplo.


O genro de Riva insiste , no vídeo, que “o rapaz que comprou o terreno (Caio), faz muitos negócios" e que " o Caio pode ter os defeitos dele, mas pelo menos ele cumpre a sua parte lá no Estado,cumpre lá com a Assembleia (Legislativa), enfim..”, defendeu Emanuel, ainda frisando que o agiota“ é uma pessoa idônea e séria e faz negócio comigo, faz negócio com o Silval, empresta pra ele ..."

Para João Emanuel, seria muito mais cômodo formalizar um acordo pacífico com Ruth, do que “cancelar o negócio do Riva que já está feito pelo Caio e celebrado”.

Outro agravante , apontado pela dona dos terrenos é que esses imóveis ( que já estariam com muros e até um barracão onde funciona uma oficina) teriam já sido alugados para um período de três anos.

“O que eu sugerir é ressarcir o proprietário que está lá (locatário), ressarcir a senhora, fazer uma forma de compensação financeira à senhora, para não fazer que nós queimemos um nome muito grande lá na frente. Eu tenho disponibilidade para fazer isso, inclusive”, ofereceu João Emanuel.

DINHEIRO EM ESPÉCIE

Decidida a recuperar os terrenos, a empresária recebeu então Do presidente afastado da Câmara a proposta de R$ 500 mil pelos dois imóveis.

Esse acordo foi verbalizado no ato da gravação no dia 7 de outubro, ficando a dívida de Emanuel parcelada, com um sinal de R$ 100 mil de entrada para 15 de outubro e os outros R$ 400 mil divididos em 8 mensalidades de R$ 50 mil até a quitação.

A empresária aparece no vídeo também condicionando o acordo ao “pagamento em espécie, nada de cheque”.


Acuado e sem escolha, João Emanuel aceitou e se comprometeu em fazer o dinheiro chegar às mãos de Ruth, a cada mês.

No vídeo, a que a reportagem do HiperNotícias teve acesso, Emanuel também defende a idoneidade do próprio agiota e do dono do Cartório do 6 º Ofício, José Pires, que teria levado 10 dias para ‘autenticar’ a procuração para João Emanuel.

Esta gravação está em poder do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apura também por meio da Operação Aprendiz denúncias de recebimento de propina de vereadores de Cuiabá e fraudes em licitações, entre outros crimes de improbidade.

“Querendo ou não envolve o nome do Riva”, insistiu o vereador, em outro trecho o genro do deputado, enfatizando que “eu vim para assumir tudo,eu aceito assumir o compromisso para que possamos resolver isso sem imbróglios , sem briga, sem nada”.

NEGOCIAÇÃO

Ruth, a dona dos terrenos e autora da gravação escondida, faz também por diversas vezes, apelo a João Emanuel para que ele saia dessa negociação e “tire o seu da reta, se alguém quiser vai te ferrar a vida, então se você não tem nada, sai fora”.

Mas, conselhos à parte, o vereador manteve-se firme na assunção da responsabilidade pela negociação com o agiota, seguro de que seria ele próprio, parte direta dos interessados pelo acordo financeiro com Caio Freitas.

“Eu não estou falando que eu não tenho nada, estou falando que eu sou o garantidor desse negócio para essa empresa, então de um jeito ou de outro eu tenho que arcar com o ônus”, apontou.

Para convencer a dona dos terrenos a também não tentar cancelar o trâmite feito junto ao Cartório do 6º Ofício, João Emanuel argumentou que esse processo seria muito demorado, algo que chegaria a 10 anos, já que para a retirada do cartório “teria que entrar com uma ação de cancelamento de registro público”.

Jorge Maciel/HiperNotícias

Operação do Gaeco afastou presidente da Câmara e intimou vereadores a explicar suposto pagamento de propina

O vereador, alega amizade com o dono do cartório, para quem já advogou por 10 dez anos.

O parlamentar dá a entender, no vídeo, que ele pretendia ”fazer um serviço com eles (Caio) no ano que vem e isso vai dar algo em torno de quinhentos mil reais e aí ele precisava, eu precisava também de um adiantamento (...). Eu não consigo fazer adiantamento de obra (sic) se a gente não conseguir ter uma garantia pra eu poder fazer isso...", diz. "Foi feita a escritura no registro no 6º Ofício, o Zé Pires que fez, o dono do cartório fez o serviço pessoalmente (...) o Zé de Pires é amigo nosso, pensa numa pessoa criteriosa...”, conta vantagem.

Mas a proprietária, de forma veemente, insistiu alegando que “você pode ter certeza que não foi feito nada disso (legitimação por documento)".

A assinatura pessoal da empresária, também foi , segunda ela, “grosseiramente falsificada" no Cartório do 2º Ofício, em Várzea Grande.

AMEAÇA

A empresária que gravou o vídeo é mãe de Pablo Norberto Dutra Caires, dono da gráfica Neox Visual, situada na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. Segundo investigações do Gaeco, Caio de Freitas, seus seguranças e pessoas a mando de João Emanuel foram à sede da empresa, no dia 4 de outubro, para tomar posse dos terrenos com ameaça.

Foi quando Pablo descobriu que o documento do terreno pertencente a ele e à mãe foi fraudado. Diante de ameaça, ele se socorreu à mãe, que pediu ajuda ao advogado José Rosa e gravou a conversa com João Emanuel.

João Emanuel foi afastado da presidência por decisão da juíza Selma Rosane Santos Arruda na quinta-feira, no mesmo dia em que foi realizada a Operação O Aprendiz em sua residência, empresas e na sede da Câmara de Cuiabá.

SILVAL E RIVA

A reportagem do HiperNotícias começou a conversar, por telefone, com o vereador João Emanuel, que desligou o aparelho ainda no começo dos questionamentos ao justificar que estava em uma reunião.

Sobre a afirmação dele, na gravação, de que o Caio Freitas “tem negócios” com Riva e Silval, Emanuel alegou que “isso aí foi uma colocação completamente equivocada e eu acredito que o vídeo tem uma trucagem, uma declaração do próprio autor do vídeo, a pessoa que foi mandada pelo advogado do prefeito Mauro Mendes (...). Forjaram esse flagrante preparado, acredito que foram feitas várias trucagens nas imagens”.

A reportagem também conversou com o secretário de Comunicação do governo (Secom-MT), Carlos Rayel, que disse que só poderia falar sobre o assunto, depois que visse o vídeo.

Também, por telefone, HiperNotícias tentou falar com José Riva, mas o telefone estava fora de área ou desligado.

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Edilberto José Santos 01/12/2013

Falta moral para esta corja de políticos. E os outros políticos ? Se são sérios, por que não vão para o enfrentamento e pedem o apoio da sociedade para cassar os infratores e confiscar/ressarcir os desvios ? Falta MORAL !!!

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janjao 01/12/2013

Parabens ao produtor do curta metragem de efeitos atomicos. Tenho certeza que seu custo foi pequeno. Muitissimo inferior ao curta metragem a ser produzido por uma Oscip, escolhida por determinada secretaria estadual, que foi orçado em R$3.300.000,00, conforme publicaçao no DOE/MT no ultimo final de semana. E bem Mato Grosso.

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Dornele$ 01/12/2013

Eu nunca tive duvidas, que o aprendiz era colado em ambos. Todos eles, Riva, Silval e Jão tem laços de família!

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duro de matar 30/11/2013

Isso ė coisa de gente graūda gente!!!!!

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Jose 30/11/2013

Coloca a Policia Federal neste caso que veremos Silval, Riva e toda essa turma na cadeia rapidinho. Aliás a Policia Federal tem que investigar esta obras de Mobilidade é dinheiro federal que esta sendo investido ou melhor deveria ser investido.......

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Kleber Silva 30/11/2013

Há expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas. Queira, por gentileza, refazer o seu comentário

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Zé da Silva 30/11/2013

Que balaio de gatos virou isso, vôte!

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7 comentários

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