Após três meses de elaboração, o estudo de planejamento da rede de transporte coletivo e os custos de operação do Sistema do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) será apresentado às prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande nessa semana. O documento traz o valor da tarifa do modal que já tem sua primeira composição guardada no Centro de Manutenção em Várzea Grande.
A expectativa da população é que as afirmações do secretário da Copa (Secopa), Maurício Guimarães, se confirmem e que a tarifa não seja superior ao aplicado hoje no transporte coletivo, R$ 2,85.
O estudo teve início em agosto e é divido em duas partes, conforme Maurício. A primeira trata do redimensionamento da nova rede de transporte que vai integrar o modal rodoviário e ferroviário e a segunda que elabora o cálculo da cotação necessária para operacionalizar os dois meios de transporte.
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Ele explica que o documento já apresentado aponta “a nova rede e de que forma que vai integrar. Se vai ampliar ou suprimir algumas linhas (de ônibus)”, esclarece.
Já a segunda parte do estudo considera informações sobre a quantidade de passageiros que utilizam cada linha de ônibus, quantas passagens são gratuidade e quantos são os passageiros integrados em cada uma das linhas. “O estudo preliminar vai dizer o valor da tarifa para o modal. Vai apresentar para os prefeitos, para todo mundo. É um desenho da tarifa hoje.”, assegura.
Todo o estudo está sendo realizado pela empresa Oficina – Engenheiros Consultores, especializada em transporte público, ao custo de R$ 143. 200,97, conforme contrato firmado com a Secopa.
PLANO DE TRABALHO
A Oficina já realizou o plano de mobilidade da região metropolitana em 2010 pela extinta Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa (Agecopa). Além disso, foi ela quem elaborou o primeiro plano de transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande em 1997, quando foi implementado a rede de transporte.
Assim que concluído em sua totalidade e apresentado às secretarias de Transporte de Cuiabá e Várzea Grande, o estudo deve ser discutido em audiências públicas que irão decidir pela aprovação ou não do valor da tarifa apresentado.
“Nós estamos nos antecipando, contratando o estudo e entregando para eles (prefeituras) porque eles que vão fazer discussão e audiências publicas.”, afirma secretário.
Após as audiências e com valor definido, o documento será, ainda, apresentado à Agência Metropolitana que vai respaldar o valor da tarifa e definir o modelo de concessão do VLT considerando os contratos vigentes e as autonomias dos municípios.
“Tem outro estudo contrato para nos orientar o modelo de concessão. São várias opções. Isso tem que ter uma discussão com Agência Metropolitana que agora tem a função institucional de discutir isso, já que é um modal intermunicipal. A região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá que vai ter a legitimidade de aprovar todos os estudos e o modelo de concessão”, finaliza.
SECRETÁRIO DA PREFEITURA
Embora o secretário Maurício tenha anunciado que parte do estudo já teria sido encaminhado à secretaria de Transportes, o secretário adjunto da pasta em Cuiabá, Thiago França, informou que ainda não teve acesso aos documentos.
Ao contrário do que a Secopa assegurou, Thiago afirmou que conclusão do estudo acontecerá somente no final do mês. “Ainda não recebemos nada. Até o fim do mês teremos concluído o estudo. A prefeitura tem acompanhado e participado de diversas reuniões sobre a temática”, aponta.
Sem conclusão do estudo e definição do valor da tarifa, os números continuam um mistério, embora o parecer técnico da Secretaria de Infraestrutura apresentado no final do ano passado na ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal, aponte que a projeção da tarifa gira em torno de R$ 1,75.
Carlos Nunes 14/11/2013
A passagem só será baixa, se o governo + a prefeitura subsidiar prá burro. Senão é conversa para boi dormir. Gostaria de saber QUANTO SERÁ SÓ O SEGURO DO VLT? QUANTOS MILHÕES? QUANTO SERÁ A CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA? QUANTOS MILHÕES? A gente liga um chuveiro elétrico e a conta vai lá em cima. Imagine um VLT, indo de lá prá cá, 24 horas. A rede CEMAT vai encher os bolsos. Campinas-SP. já teve o VLT por 5 anos, e desistiu do negócio. Se o negócio fosse tão bom, como diz a propaganda marketeira, teria um monte de VLT em Campinas. Uai! Lá trocaram o VLT pelo BRT.
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