Servidores da educação do Estado retornam às atividades depois de 67 dias sem aula. A greve foi suspensa essa quinta-feira (17).
As aulas retornam já a partir dessa sexta-feira em algumas escolas estaduais. Em outras unidades, mais distantes da Capital, a partir de segunda-feira (21). Pois, precisam ser organizadas e limpas.
A posição de suspender o movimento e permanecer em “estado de greve” significa estar atento aos encaminhamentos propostos pelo governador Silval Barbosa (PMDB).
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A partir de agora, o Sintep vai acompanhar a tramitação do projeto na Assembleia Legislativa, a questão do corte do ponto que o executivo garantiu não fazer e os demais encaminhamentos.
“Vamos manter o estado de greve até que a situação se normalize, principalmente em relação às ameaças do governo. A greve acabou aqui (na votação da categoria) mas continuaremos nossa luta na Assembleia Legislativa, pressionando para que seja votado”, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes do Nascimento.
Os profissionais deliberaram em cima da decisão do Conselho de Representantes da categoria para dar fim greve, com tendência de 90% para encerrar o movimento, segundo consulta feita entre representantes dos municípios.
Por outro lado, a greve segundo Henrique, já estava se tornando cansativa para a população.
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Em relação à votação do Projeto de Lei, Gilmar Soares Ferreira, secretário de comunicação do Sintep-MT, revela que a categoria não teme os encaminhamentos que dependem da tramitação no legislativo.
Pois, o documento-base do acordo com o governo foi assinado pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, e o promotor Miguel Shessarenko. O processo de negociação teve ainda a participação dos deputados.
“Nenhuma proposta acordada depois de enviada para a Assembleia foi desvirtuada e os deputados tiveram uma participação importante nesse contexto, o Hermínio deputado Jota Barreto esteve presente na assinatura do documento na Secretaria de Educação”, declarou confiante.
AVALIAÇÃO
“A luta da categoria não acabou, houve avanços? Houve um pouco, na questão da hora atividade para os interinos e na questão do aumento do poder de compra para os profissionais, no caso com antecipação do pagamento para março de 2014 e não maio como o governo queria”, avalia o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes do Nascimento.
Segundo ele, “também não podemos negar que o Sintep de Mato Grosso foi o primeiro a elaborar uma proposta para dobrar o poder de compra da categoria, como também o primeiro a encampar no cenário uma gestão democrática. Posso dizer que de zero a 10, o movimento sai com uma nota 8”, afirma Henrique.
Para Dirceu Blanski, secretário financeiro do Sintep de Alta Floresta, o movimento provou que tem um sindicato mais forte que o governo.
“Não chegamos ao final da luta, ela é contínua, nosso sindicato é forte. E nos anos seguintes 2014, 2015... se percebemos que o governo não está nos atendendo no que ele nos colocou, retornaremos com a greve”.
(Colaboraram JONAS DA SILVA e GUSTAVO NASCIMENTO)
(Atualizada às 18h46)
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