Na última semana, a cantora Anitta e o apresentador Luciano Huck visitaram o Território Indígena do Xingu, no Mato Grosso, na aldeia Ipatse, do povo Kuikuro, localizada em Querência (a 755 km de Cuiabá) para gravações do programa Domingão.
A viagem gerou significativa repercussão nas redes sociais e foi seguida por um aumento histórico no interesse por temas indígenas. Dados do Google indicam que as buscas pelo termo “povos indígenas” cresceram 6.200% em 24 horas, enquanto as pesquisas sobre “Xingu” subiram mais de 450%.
A visita incluiu a participação no Kuarup, ritual tradicional do povo Kuikuro que homenageia os ancestrais, e um encontro com o Cacique Raoni, liderança reconhecida internacionalmente pela defesa da floresta e dos direitos indígenas.
Em suas redes sociais, Anitta afirmou que compareceu "a convite de lideranças indígenas e de organizações comprometidas com a luta por seus direitos" e destacou a honra de ter testemunhado o ritual e conhecido o Cacique Raoni.
A cantora também alertou para projetos de lei que impactam os territórios indígenas, como o PL 6040/23, que regulamenta a mineração em terras indígenas, e a Lei 14.701/2023, que trata do marco temporal das demarcações. Em sua fala, defendeu que "os povos indígenas são parte da solução para as mudanças climáticas".
Luciano Huck também descreveu a experiência como "única" e um "privilégio", enaltecendo a trajetória do Cacique Raoni e a importância cultural do ritual do Kuarup.
A repercussão do evento dominou as redes sociais e ganhou espaço na imprensa. Especialistas avaliam que a cobertura midiática pode ser estratégica para combater o apagamento histórico e cultural dos povos originários.
A passagem das personalidades pelo Xingu resultou em um pico de visibilidade sem precedentes para a pauta indígena, gerando amplo debate sobre valor cultural, desafios enfrentados pelos povos originários e o papel de figuras públicas em discussões cruciais para o futuro da Amazônia.
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