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DA CIÊNCIA PARA O CAMPO

Uso de biológicos em fazenda de MT seguem modelo agrícola premiado

Para Aprosoja e o Instituto Pensar Agro, a adoção de biológicos mostra que a sustentabilidade, reconhecida no prêmio à pesquisadora é realidade no campo

MARICELLE LIMA
DA REDAÇÃO

No município de Cláudia (a 606 km de Cuiabá), a Fazenda Paraíso se tornou exemplo de que produzir com sustentabilidade é uma realidade possível e rentável. Apostando no uso de produtos biológicos no manejo agrícola, a propriedade conduzida pela família do produtor Charlles Hoffmann mostra na prática os resultados da transição de modelos convencionais para sistemas mais sustentáveis.

“O custo de produção está cada vez maior em relação à receita dentro da propriedade. Adotamos os biológicos como uma forma de reduzir despesas, aumentar a produção, melhorar nossa margem de lucro e entregar um produto de mais qualidade ao consumidor final”, explica Charlles, que também implantou o sistema de plantio direto, aliado à redução de defensivos químicos. Veja vídeo.

Essa transformação no campo vai ao encontro de um reconhecimento histórico para a ciência brasileira: a pesquisadora Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, foi condecorada em 2025 com o Prêmio Mundial de Alimentação, considerado o “Nobel da Agricultura”, graças às suas pesquisas com bactérias do gênero Rhizobium, que fixam nitrogênio no solo, substituindo fertilizantes químicos.

Adotamos os biológicos como uma forma de reduzir despesas, aumentar a produção, melhorar nossa margem de lucro e entregar um produto de mais qualidade ao consumidor final

O modelo defendido e comprovado por Mariangela não apenas fortalece a sustentabilidade ambiental, mas também gera uma economia bilionária. Se a soja brasileira dependesse exclusivamente de fertilizantes nitrogenados, o custo superaria US$ 25 bilhões por safra, além de gerar impactos ambientais severos, como emissões de gases de efeito estufa e contaminação de recursos hídricos.

FUTURO DA AGRICULTURA

Reprodução

lavoura de milho

Lavoura de milho na Fazenda Paraíso

Na avaliação de Hoffmann, da Fazenda Paraíso, investir em soluções biológicas é muito mais do que uma tendência, é uma necessidade. “A pesquisa é essencial. Ela traz informações, novas tecnologias e soluções que ajudam quem está no campo a produzir de forma mais sustentável e eficiente. Isso agrega valor tanto para a propriedade quanto para a sociedade”, afirma.

O exemplo de Cláudia reflete uma transformação que vem se consolidando em todo o Brasil, especialmente em Mato Grosso, estado líder na produção de grãos no país. O reconhecimento internacional de Mariangela Hungria reforça que a produção sustentável, baseada na ciência, é o presente e o futuro da agricultura brasileira.

RECONHECIMENTO

Para o vice-presidente da Aprosoja-MT, Luiz Pedro Bier, a premiação de Mariangela simboliza um avanço coletivo da agricultura brasileira. “Esse prêmio não é só dela. É de toda a agricultura brasileira, que há anos aposta no controle biológico, na tecnologia e na sustentabilidade. É a confirmação de que estamos no caminho certo”, disse.

O presidente do Instituto Pensar Agro, Nilson Leitão, também celebrou a honraria e destacou que ela representa não apenas o mérito individual da pesquisadora, mas o reconhecimento de toda uma trajetória da ciência brasileira. “Ela representa uma revolução silenciosa, mas extremamente eficiente. Esse prêmio emociona, pois mostra ao mundo que o Brasil é referência em produzir mais sem ampliar áreas, com base na pesquisa e na inovação”, destacou.

IMPACTO EM MT E NA ECONOMIA BRASILEIRA

O prêmio reforça que a produção sustentável não é uma utopia. É uma realidade que gera desenvolvimento econômico, segurança alimentar e preservação ambiental

O reconhecimento internacional ecoa fortemente em Mato Grosso, onde a força do agronegócio está diretamente conectada aos avanços científicos. Dados da consultora Tatiana Monteiro apontam que o estado deve crescer 5,8% em 2025, impulsionado pela expansão de 24,6% na produção de soja, resultado que só é possível com práticas sustentáveis e tecnologia aplicada no campo. “O prêmio reforça que a produção sustentável não é uma utopia. É uma realidade que gera desenvolvimento econômico, segurança alimentar e preservação ambiental. E quem está no campo, sabe disso na prática”, destaca Tatiana.

O PRÊMIO

O Prêmio Mundial de Alimentação (World Food Prize), criado em 1986, é considerado o mais importante reconhecimento internacional na área de segurança alimentar e sustentabilidade agrícola, conhecido como o “Nobel da Agricultura”. A premiação é concedida a pessoas cujos trabalhos resultaram em avanços significativos na qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo.

Em 2025, Mariangela Hungria se tornou a primeira mulher brasileira a receber a honraria, por suas pesquisas sobre o uso de bactérias fixadoras de nitrogênio, que possibilitam reduzir drasticamente o uso de fertilizantes químicos na agricultura, beneficiando não apenas o meio ambiente, mas também a economia e a segurança alimentar global.

VEJA VÍDEO

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