O jornalista cuiabano Ivann Milhomem, de 28 anos, fez um emocionado pedido de socorro nas redes sociais para conseguir realizar uma radioterapia emergencial, recomendada por seu médico, mas negada pela Unimed sob a justificativa de que "não há evidência médica suficiente" para o procedimento. Diagnosticado com melanoma nodular metastático, uma forma agressiva de câncer, Ivann está com a doença em progressão e sem nenhum tratamento em andamento.
“O nódulo da perna cresce visivelmente todos os dias. E se esse está assim, imagina os internos. Um deles está colado nas artérias do coração e vias aéreas, e pode comprometer meu sistema respiratório”, relatou Ivann em vídeo. “É angustiante ver a doença se espalhando e não poder fazer nada”.
Segundo ele, a radioterapia seria uma tentativa paliativa de frear temporariamente o avanço da doença, até que consiga arrecadar os R$ 715 mil necessários para um tratamento promissor em Israel. “É pra tentar dar uma segurada no avanço da doença e ganhar um pouco mais de tempo até conseguir o valor da viagem”, explicou.
Mesmo ciente de que é uma medida de curto prazo, ele reforça que pode ser decisiva: “A gente sabe que é temporário, mas esse tempo pode significar minha vida”.
Ivann afirma que a Unimed já recusou o pedido três vezes, mesmo com laudo e recomendação médica. “Eles alegam que não há evidência científica suficiente, mas quem está com o corpo sendo tomado pelos tumores sou eu. Isso é um pedido de socorro”, desabafou.
LUTA PELA VIDA
Ivann luta há três anos contra o melanoma metastático. A doença foi descoberta após ele notar um caroço no couro cabeludo, e desde então ele passou por 11 ciclos de quimioterapia, 35 sessões de imunoterapia e chegou a integrar uma pesquisa experimental conduzida por um laboratório norte-americano. Mesmo com todos esses esforços, a doença seguiu progredindo.
A esperança agora é o tratamento com imunoterapia personalizada em Tel Aviv, Israel, mas o custo é elevado. Inicialmente previsto para 2023, o procedimento foi adiado por causa da guerra entre Israel e o Hamas. Desde então, ele e a família seguem tentando arrecadar o valor por meio de doações.
O tratamento também está disponível nos Estados Unidos, mas o custo ultrapassa os R$ 7 milhões, inviável para o momento.
CORRIDA CONTRA O TEMPO
Com metástases já identificadas em órgãos como fígado, pâncreas e mediastino, o tempo é crucial. “O médico foi claro: não dá para esperar seis meses. Precisa começar em semanas, no máximo”, revelou Ivann. Diante da urgência, a mobilização continua.
O jornalista pede que as pessoas compartilhem sua história, doem e ajudem na campanha. “Não gosto de drama nem de espetáculo. Mas é isso. É um pedido de socorro. É minha vida que está em jogo.” Quem quiser ajudar pode buscar pelas campanhas em andamento nas redes sociais do jornalista. A chave pix: 048.101.091-27.
OUTRO LADO
Procurada, a assessoria da Unimed não respondeu a solicitação de nota até a publicação da matéria. O espaço permanece aberto para manifestação.
VEJA VÍDEO:
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