O elefante Sandro, o único elefante macho asiático no Brasil, deve ser o próximo integrante do Santuário de Elefantes Brasil (SEB), localizado em Chapada dos Guimarães (a 70 km de Cuiabá). A transferência de Sandro, que aos 53 anos é o morador mais antigo do zoológico de Sorocaba (SP), onde vive há 43 anos, é alvo de uma disputa judicial.
No dia 23 de abril, a Justiça determinou a transferência do animal do Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros” para o Santuário em Chapada dos Guimarães, dando à prefeitura de Sorocaba um prazo de 45 dias para cumprir a ordem, sob pena de multa diária de R$ 2 mil, podendo chegar a R$ 300 mil.
No entanto, a Prefeitura de Sorocaba informou na última quinta-feira (10) que recorreu da decisão. Segundo a Secretaria Jurídica (SAJ) de Sorocaba, o recurso suspende a incidência da multa ao município. O caso de Sandro tem gerado opiniões divergentes desde 2022, quando uma liminar para sua transferência foi negada, com o Ministério Público alegando que o animal, mesmo idoso, estava em condições adequadas no zoológico.
Em março deste ano, a discussão sobre o futuro de Sandro foi reaberta em uma ação civil pública, e em abril, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) solicitou uma nova perícia para avaliar as condições de saúde do elefante. Caso a decisão pela transferência seja mantida, Sandro deverá ser levado ao santuário com um planejamento técnico detalhado, incluindo diretrizes logísticas e veterinárias rigorosas.
Qualidade de vida
A possível chegada de Sandro segue o recente acolhimento das elefantas africanas Pupy, de 35 anos, e Kenya, de 44, que já se adaptam ao novo lar no refúgio de animais em território mato-grossense. As elefantas Pupy e Kenya, que percorreram mais de 2 mil quilômetros desde ecoparques em Buenos Aires, Argentina, já estão desfrutando da liberdade do Santuário.
Pupy chegou em abril, e Kenya, na última quarta-feira (9). As duas passaram por um longo processo de adaptação e treinamento para a viagem, que incluiu dessensibilização a sons e movimentos e a adaptação a caixas de transporte seguras. Pupy passou mais de 30 anos em um zoológico e depois no Templo Hindu dos Elefantes, em Buenos Aires.
Kenya, por sua vez, viveu quase toda a vida sozinha no antigo zoológico de Mendoza. No SEB, Kenya iniciará seu processo de adaptação e exploração, enquanto Pupy já está completamente ambientada. Elas se juntam a Bambi, Mara, Raia, Maia e Guilhermina, todas elefantas asiáticas resgatadas após décadas trabalhando em circos e zoológicos. Com informações da TVTEM.
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