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Cidades Domingo, 18 de Dezembro de 2016, 15:06 - A | A

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Domingo, 18 de Dezembro de 2016, 15h:06 - A | A

RELATO SOBRE PREVENÇÃO

“Não sentei pra chorar e enfrentei a doença de pé”, afirma procurador sobre câncer

RAYANE ALVES

"Não sentei pra chorar e enfrentei a doença de pé”. O desabafo é do procurador do Estado, José Vitor Gargaglione, ao relatar o momento em que foi diagnosticado com câncer de bexiga.

 

Arquivo Pessoal

Jose Vitor Gaglione

 

O procurador publicou um artigo para chamar atenção para o diagnóstico precoce do câncer assim como a coragem que teve para driblar a doença, mesmo sendo um homem de cuidados com a saúde.  

 

O relato do procurador foi repercutido, principalmente, nas mídias sociais. Conhecidos e amigos de Gargaglione nem tinham conhecimento do mal que ele havia enfrentado. 

 

Ao HiperNotícias, Gargaglione contou que além da função de procurdor do Estado, também sempre se preocupou com uma vida saudável, levando em consideração alimentação equilibrada e fazendo diversas atividades físicas.

 

Mas, não foi o suficiente para que o problema não viesse o atingir de forma certeira rasgando da sua trajetória todos os planos que havia para o decorrer deste ano.

 

“Eu não como carne, não fumo e também não bebo. Já participei de maratonas, fiz remo, jiu jitsu e parecia uma pessoa saudável e de bem com a vida. Toda essa ilusão que eu esbanjava não foi suficiente para encarar o diagnóstico. Então corri para um consultório médico depois de ter o primeiro sinal da anomalia, que foi sangue na urina. Mas, nem imaginava que poderia ser câncer, minha família até pensou que seria algo relacionado aos treinos pesados que faço, porém, infelizmente não foi desta vez”, afirmou.

 

Depois de passar por uma bateria de exames, Gargaglione contou que teve a plena certeza de que a doença não escolhe o adversário. Primeiro porque com a vida saudável que levava pensou que a saúde “estava em dia”, e, segundo porque todos os médicos em que passou afirmou que os seres humanos tem uma célula defeituosa que ficam esperando o momento certo em que podem se reproduzir.

 

“Os especialistas contaram que é como se fosse um gatilho que esparrama no organismo. A doença normalmente é diagnosticada em pacientes fumantes, porém eu havia fumado ainda na juventude em épocas de festas, mas depois disso não coloquei um cigarro a mais na boca, o que de fato pode ter contribuído da mesma forma. Porém, outros problemas que costumam desenvolver a doença é o estresse e a ansiedade, que uma das estratégias que usava era a atividade física para poder combater”, contou.

 

“O fato é que pelo sim ou pelo não todos os médicos consultados eram unânimes: precisava operar. Uma cirurgia cheia de riscos e incertezas. Ou então, me submeter a uma radioterapia e, depois, a uma quimioterapia para tentar extirpar o tumor. A dúvida, inimigo cruel, invadia meu coração. Então, esse foi o ápice da enorme angustia que passei desde o instante em que recebi o laudo da biopsia. Realmente, onde há dúvida, há conflito. E o conflito destrói toda esperança. Acaba com a nossa energia moral, pois, nos envolve em uma nuvem de emoções negativas”, diz trecho do artigo.

Arquivo Pessoal

Jose Vitor Gaglione

 

Neste momento, Gargaglione afirmou que viu erroneamente que estava deixando de viver e não admitia que a vida pudesse criar simplesmente um atalho para tirá-lo do caminho que já havia projetado em seu consciente. No entanto, com tantas incertezas o que ele tinha de fato em mente é que a medicina e a própria sociedade devem trabalhar a saúde com prevenção para todas as doenças.

 

“Além de continuar mantendo minha rotina com os exercícios físicos e meditação, penso que se tivesse apostado também na prevenção há muitos anos eu poderia ter evitado agora o mal”.

 

Leverger News

Jose Vitor Gaglione

 

“Então a escolha foi difícil. Mais uma vez tinha que ser forte, pois tinha acabado de sair de três tratamentos dolorosos, feitos de forma consecutiva, para negativar um vírus que veio em decorrência de uma transfusão de sangue. E eu sabia, que a estrada que estava prestes a percorrer, não seria só de pedras. Só que o homem quando se vê diante do desconhecido ou se fragiliza ou se fortalece. A decisão veio rápida. Não tinha mais dúvida. No dia 5 de abril, presenteando meu filho Viktor em seu aniversário de quinze anos, me submeti a chamada cistectomia radical com a reconstituição da bexiga, que iria funcionar como reservatório urinário feito de uma porção do intestino. A maior e mais complexa das cirurgias urológicas”, relatou em seu artigo.

 

Apesar de complexa, Gargaglione contou que decidiu largar a estupidez do senso crítico e resolveu se apegar em Deus, pois a fé seria a única maneira de não comportar dúvidas.

 

“Resolvi encarar a doença com dignidade. O câncer merece o nosso respeito. É uma doença fatal. Com ele não se brinca. Entrei no centro cirúrgico com 30% de chances de ter um prognóstico favorável. Os mais otimistas afirmavam que a reconstituição da neobexiga não daria certo e eu ficaria fadado, o resto da vida, a usar uma pequena bolsinha externa para coletar a urina”, detalhou no artigo.

 

“Mas, tudo deu certo fiz inclusive a quimioterapia e agora estou em acompanhamento médico. Sou vitorioso. E se nesta estrada me virem andando de cabeça erguida e peito estufado, não julguem que a arrogância me dominou. O tempo urge. E eu, não sentei para chorar”, finalizou.

Arquivo Pessoal

Jose Vitor Gaglione

 

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