O site e portal de notícias ‘Mídia Ninja’ compartilhou em suas redes sociais nota de falecimento da jornalista cuiabana Marielle Ramires. Marielle tinha 45 anos e lutava contra um câncer. Ela era uma das fundadoras do site, atuando principalmente na defesa dos direitos indígenas e ambientais.
Marielle anunciou em suas redes sociais no dia 28 de dezembro de 2024 que já lutava contra o câncer há alguns meses, passando por momentos, segundo ela, de “luto, tristeza, fragilidades, dores, químios, intercorrências, internações e procedimentos médicos”.
Porém, deixou claro que enfrentou esse período com “amor profundo, apoio incondicional, solidariedade, cuidado, encontros e reencontros com a força da ciência e principalmente do sol, da lua, das matas, das águas e do vento”.
A cuiabana também agradeceu às pessoas que estavam sendo parte importante de sua recuperação: “sem palavras à minha família ‘Fora do Eixo-Ninja’, à minha mãe amada, aos meus familiares, aos amigos e aos médicos, enfermeiros e técnicos que me carregaram muitas vezes no colo e que, de mãos dadas comigo, enfrentam todo o tratamento”, escreveu à época.
Marielle recebeu apoio nos comentários de pessoas importantes, como a Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara; a ex-deputada federal Manuela d’Ávila; a cantora Maria Gadú; e a atriz Alessandra Negrini.
Na publicação de despedida da jornalista, o ‘Mídia Ninja’ deixou claro a importância de Marielle para o veículo de comunicação alcançar status e figurar entre os principais sites de ativismo no jornalismo brasileiro.
Ainda na postagem, é possível ver fotos de Marielle Ramires em vários lugares do Brasil e do mundo como repórter do site. Finalizando a nota, o portal escreveu: “Marielle Ramires é eterna. Por ela, lutaremos sempre”.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA
A Mídia NINJA está de luto.
Hoje, nos despedimos de Marielle Ramires, força da natureza, uma das nossas principais fundadoras, fundamental desde os primeiros passos da Mídia Ninja e do Fora do Eixo!
Nascida em Cuiabá, Marielle atravessou fronteiras, conquistou o mundo e nos ensinou o verdadeiro significado de coragem e revolução.
Com uma capacidade única de atuar e operar em múltiplas frentes, foi peça-chave na estruturação deste projeto que hoje se tornou referência no ativismo e na cultura brasileira.
Sua trajetória de luta por justiça social e climática é um testemunho de compromisso inabalável com as causas que acreditava. Dedicou-se intensamente ao movimento cultural, à luta ambiental e indígena, construindo pontes e fortalecendo representatividades ancestrais na política brasileira.
Ela partiu da mesma forma que viveu: lutando e inspirando, com fé até o último momento.
Mari se despede após uma luta contra o câncer, mas seu legado segue vivo e mais forte do que nunca. Sua passagem marca o nascimento da nossa ancestralidade. Sua crença na demarcação de um tempo de cura nos guia nesse momento. Guardaremos as suas palavras:
“Porque digo que Luta é igual a mato.
Você pode cortar, sacar, tentar tirar
Mas ele volta a crescer em liberdade
Porque é assim a dinâmica da vida.
Há esperança
Mesmo nos cenários ermos
Em que a escuridão parece tomar conta.
A esperança é uma moça teimosa
Que insiste
Organicamente em se renovar
Com a gente ou apesar da gente.
Só uma coisa é certa:
O mato voltará a crescer.
Com o tempo”
Marielle Ramires é eterna. Por ela, lutaremos sempre.
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