Passados oito dias da confirmação do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma criação doméstica no município de Campinápolis (602 km de Cuiabá), o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) conseguiu conter o foco da doença e encerrou as ações de controle sanitário na propriedade afetada.
O local permanece em vazio sanitário por 45 dias, período no qual está proibida a introdução de novas aves. Os proprietários também foram orientados a não alimentar aves migratórias e silvestres, consideradas as prováveis responsáveis pela introdução do vírus, segundo a análise epidemiológica realizada pelo Indea.
As investigações apontam que aves aquáticas, presentes em um lago na propriedade, tiveram contato direto com as galinhas domésticas e podem ter trazido a carga viral. Ao todo, foram realizados o abate sanitário de 600 aves e a destruição de 229 ovos. As aves foram enterradas em valas, e todo o ambiente passou por processos rigorosos de limpeza e desinfecção. “Nosso trabalho envolveu desde o abate das aves até a desinfecção total da área, seguindo os protocolos sanitários.
Também promovemos ações de educação sanitária com produtores, escolas e a comunidade local, reforçando práticas de biosseguridade e vigilância”, explica o coordenador de Defesa Sanitária do Indea, João Marcelo Néspoli. Para impedir a propagação do vírus, foi instalada uma barreira sanitária na entrada da propriedade, com restrição na circulação de materiais e desinfecção de todos os veículos.
A coordenadora das ações de campo, Daniella Bueno, destaca que a operação mobilizou oito equipes de vigilância, que monitoraram 145 propriedades na zona perifocal (3 km), na zona de vigilância (7 km) e na zona de proteção (15 km). “Conseguimos impedir que o vírus saísse do foco inicial. Atuamos nas propriedades de maior risco dentro desse raio para garantir que não houvesse novos casos”, afirma Daniella.
Durante os 45 dias de vazio sanitário, a propriedade receberá visitas quinzenais do Indea. Após esse período, a criação de aves só será retomada com animais de procedência controlada e, se não houver nenhum sinal da doença em 21 dias, a propriedade será considerada livre para retornar às atividades de subsistência.
A força-tarefa em Campinápolis contou com a atuação de 26 agentes do Indea, de três unidades regionais (Água Boa, Confresa e Barra do Garças), além de servidores da sede, em Cuiabá, e dois auditores do Ministério da Agricultura e Pecuária, que acompanharam todas as ações previstas no Plano de Contingência para a Influenza Aviária.
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