"Crescemos com medo, culpa e vergonha", disparou o tenente-coronel da Polícia Militar, Ricardo Bueno, convidado para ser o padrinho da '22ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso', durante entrevista ao HNT TV. O evento será promovido neste sábado (14), na Praça do Ipiranga, em Cuiabá. Bueno, que se condicionou a esconder sua sexualidade até a idade adulta, ressaltou que a programação defende uma causa, indo além do entretenimento. Segundo ele, o objetivo é promover uma manifestação pacífica gerando consciência entre os participantes.
"Quando falamos de orgulho é justamente no sentido de que não há nada de errado com a sua sexualidade. Quando a gente fala de orgulho é no sentido de trazer para as pessoas que estão em sofrimento em relação a sua sexualidade, uma forma de tentar ressignificar esse sofrimento porque, às vezes, têm pessoas que tem um pensamento que não deveria nem existir, deveria morrer", falou Ricardo Bueno ao podcast do Hipernotícias.
O tenente, que está na PM há 20 anos, disse que ensaiou "sair do armário", mas manteve sua sexualidade silenciada para atender as expectativas, principalmente, dos familiares. Mas quando chegou em uma idade madura, entendeu que o melhor caminho era assumir sua identidade e militar, estimulando jovens a se engajar na busca por políticas públicas contra o preconceito.
"Existia e existe essa metáfora 'sair do armário', que é quando você exterioriza ou deixa isso muito público para a sociedade sobre quem você é e que não há nada de errado com nisso. Mas esse 'sair do armário', infelizmente, é uma realidade, principalmente, na adolescência, quando você vai se apropriando da sua sexualidade, do seu desejo, e muitas vezes, essa situação vai entrar em confronto", observou Bueno.
O padrinho da 'Parada do Orgulho' também destacou que somos criados para atender um padrão e ao romper com essa linha, geralmente, há uma frustração de terceiros, causando dor em quem está em fase de descoberta. Bueno levantou um alerta que é nessa fase que parte dos LGBTs acabam adoecendo por falta de acolhimento e compreensão.
"Há um referencial cis-heterossexista. A gente é criado como se fosse padrão cisgênero e para ser heterossexual. Só que o LGBT, quando vai se desenvolvendo, se descobre que não se enquadra nessa expectativa. Mas é onde vem, às vezes, os conflitos familiares e o sofrimento", concluiu.
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Caveira 10/06/2025
Completamente destoante da corporacao
1 comentários