Jovens católicos, que sonhavam em participar da Jornada Mundial da Juventude e conhecer o papa Francisco, tiveram as expectativas frustradas. Eles pagaram por um pacote para viajar até o Panamá e foram informados, às vésperas do embarque, que não iriam mais ao encontro, pois as passagens não foram compradas.
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De acordo com Antonio Lima, coordenador estadual de Comunicação Ministério Universidade Renovada, 22 pessoas pagaram cerca de R$ 5 mil, cada uma, para ir ao encontro. O valor cobria somente passagens e acomodação. Além disso, foi pago R$ 1 mil pela inscrição e as despesas para virem de Sinop, onde Antonio e outros dois colegas residem, até Cuiabá. Somando cerca de R$ 7 mil de prejuízos.
“Quando foi divulgada a jornada, ficamos sabendo da caravana que o padre Wender estava organizando. Recebemos a arte e há um ano e meio começamos a pagar pela viagem. Agora, ficamos sabendo que não iremos mais. Eu acredito que isso é um golpe, mas não sei ainda de qual parte, se foi da agência de viagens ou da empresa aérea. Ou se o padre não passou nosso dinheiro”, ressalta o rapaz.
Antonio conta que o pacote incluía passagens de Cuiabá para Guarulhos, com partida no dia 16 de janeiro. Depois para o México, onde ficariam por alguns dias e seguiriam para o destino final, no Panamá, onde a Jornada é realizada entre os dias 22 e 27 de janeiro. O intinerário seria feito com a empresa Copa Airlines e Latam, em voo doméstico no Brasil.
“Nesse tempo, recebemos apenas foto do hotel no México. Nunca vimos o número do bilhete da passagem. Essa semana o padre nos encaminhou um código e fomos averiguar se existia mesmo. Ligamos e descobrimos que havia as reservas, mas ainda não tinha sido feito o pagamento”, afirma Antonio.
Segundo o coordenador, após os desencontros foi remarcada uma nova partida do grupo. Dessa vez para o dia 21, saindo de Cuiabá. Porém, nesta sexta-feira (19), o padre comunicou ao grupo que a viagem foi cancelada.
O padre Wender Souza dos Santos, responsável pelo grupo de Mato Grosso que iria à Jornada, informou que os líderes de cada região foram orientados a não fecharem pacotes diretamente com as empresas aéreas. A recomendação feita em reunião, em Brasília, com membros de todos os estados foi para buscar agências de viagens de confiança para realizar os pacotes.
“Eu contratei a Guri Tour, de Goiânia, com quem já realizei outras viagens e nunca tive problemas. Não negociamos direto com as empresa por conta de um episódio anterior em que a viagem foi cancelada”, explica o religioso.
Segundo o padre, o dinheiro recebido do grupo foi depositado na conta da agência, que emitiu todos os recibos de depósito para Santos. Porém essa semana, quando foram buscar os números dos bilhetes, a companhia aérea disse que não havia reservas.
“A Guri Tour me disse que ligou para a empresa e foi infomado que a pessoa com quem ele tratava dos pacotes não trabalhava na companhia. Que não existia ninguém com aquele nome e também não tinham reservas”, afirma.
O padre relatou que foi registrado um boletim de ocorrência e um advogado já acionado para tomar as medidas cabíveis. Segundo ele, outros grupos pelo Brasil, que viajariam com a Copa Airlines, também foram prejudicados.
“A agência me garantiu que os valores serão devolvidos. Ela pediu até o fim de fevereiro para reembolsar todo mundo. Agora, vão rastrear de quem é a conta, que seria da Copa, e para onde esse dinheiro foi”, relata o padre que atua na Paróquia Santa Terezinha, em Tesouro.
A empresa Guri Tour foi procurada, mas não atendeu as ligações. A Copa Airlines também foi acionada, mas não houve resposta.
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Critico 19/01/2019
Aperte o padre,tem sua parcela de culta. Pela notícia ele é o responsável direto.
1 comentários