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PERÍODO CRETÁCEO

Descoberta inédita em Chapada dos Guimarães revela fósseis raros de dinossauros

Material com mais de 80 milhões de anos é considerado o mais bem preservado já encontrado no Centro-Oeste e está entre os mais importantes do país

MARICELLE LIMA
DA REDAÇÃO

Uma descoberta inédita de fósseis de vertebrados em um sítio paleontológico na região de Chapada dos Guimarães (a 64 km de Cuiabá) representa um avanço significativo para os estudos da paleontologia de vertebrados no Brasil. O achado também amplia o conhecimento sobre os dinossauros que habitaram o território brasileiro durante o período Cretáceo.

A informação foi confirmada pelo professor de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rogério Rubert.   “Esse é, sem dúvida, o melhor sítio do Centro-Oeste em termos de preservação e, se não for o melhor, está entre os mais importantes do Brasil quando se trata do Cretáceo Superior”, afirmou o professor.  

De acordo com Rubert, a presença de fósseis em Chapada dos Guimarães é conhecida desde o final do século XIX, com registros de expedições nas décadas de 1950, 1980 e nos anos 2000. Porém, até então, as ocorrências eram de materiais isolados, ossos como fêmures, costelas e fragmentos, raramente com peças articuladas ou crânios.  

O cenário começou a mudar em 2019, quando um projeto de pesquisa iniciado por Rubert e outros cientistas, inclusive de instituições de fora do estado, começou a identificar materiais de melhor qualidade. O trabalho, que foi interrompido pela pandemia, foi retomado posteriormente com a participação do professor Caiubi Kuhn, também da UFMT.   “A partir dessas novas escavações, encontramos uma quantidade de material excepcional, com uma preservação inédita para Chapada dos Guimarães e talvez para todo o país nesse período geológico, que durou de aproximadamente 100,5 milhões a 66 milhões de anos atrás”, explica Rubert.  

Entre os fósseis identificados estão peças semi-articuladas de pelo menos dois indivíduos: um terópode, dinossauro carnívoro bípede, e um saurópode, além de fragmentos que podem pertencer a um terceiro animal de menor porte, ainda não identificado.   O material, que tem entre 80 e 84 milhões de anos, já foi retirado e está nos laboratórios da Faculdade de Ciências da UFMT, onde passará por análise detalhada.

O projeto terá continuidade nos próximos meses, com novas escavações programadas.   Além da importância para a história da região, a descoberta é fundamental para entender a filogenia, a morfologia e a evolução das espécies que habitaram o Brasil no Cretáceo Superior, especialmente na região Centro-Oeste e Sudeste. “É um material que representa muito bem a fauna desse período no país e que vai contribuir imensamente para a ciência brasileira”, conclui Rogério Rubert.

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