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PATRIMÔNIO ESCONDIDO

Chapada dos Guimarães revela fósseis de animais marinhos e dinossauros em sítios paleontológicos

Pesquisas da UFMT identificam registros de vida com até cerca de 450 milhões de anos e reforçam o potencial científico e turístico de MT

MARICELLE LIMA
DA REDAÇÃO

Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão realizando um levantamento  de fósseis em três sítios paleontológicos na região de Chapada dos Guimarães. As descobertas incluem registros de animais marinhos que viveram até  cerca de 450 milhões de anos, além de vestígios de dinossauros que habitaram a região entre 66 e 84 milhões de anos atrás.  

O trabalho de campo, que ocorre desde o ano passado, abrange três áreas específicas: o sítio onde foram encontrados fósseis de dinossauros, o Sítio Paleontológico Raquel Quadros, dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, com fósseis de invertebrados marinhos, e a região da Caverna Aroe Jari, conhecida por seus icnofósseis, marcas deixadas por animais que viveram em épocas remotas. “Os fósseis encontrados no Parque Nacional são do período devoniano, que durou entre 419 e 358 milhões de anos. São registros de quando Chapada dos Guimarães era mar”, explica o professor de Geologia da UFMT, Caiubi Kuhn.  

Reprodução

pesquisa UFMT

 

Entre os achados estão trilobitas, braquiópodes e tentaculitos, evidências de um ambiente marinho que ocupava a região no passado.   Já na região de Água Fria, foram localizados fósseis de dinossauros datados de um período mais recente, o Cretáceo, entre 66 e 84 milhões de anos. “Esse trabalho ajuda a contar a evolução geologia e biológica registrada no território mato-grossense”, reforça o pesquisador.  

O projeto tem financiamento de R$ 100 mil, proveniente de uma emenda parlamentar do deputado Wilson Santos, repassada à UFMT via Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). A iniciativa envolve uma equipe composta por pesquisadores e estudantes da UFMT, além de especialistas de instituições como Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e até da Argentina.  

O material coletado ficará preservado em instituições locais, como o Museu de Rochas, Minerais e Fósseis da UFMT e o Museu de História Natural de Mato Grosso, permitindo que a população tenha acesso a parte da história geológica da região. Além dos trabalhos científicos, a pesquisa também tem caráter educativo. Durante uma das escavações, estudantes e professores da Escola Rafael de Siqueira, de Chapada dos Guimarães, participaram das atividades, reforçando a integração entre ciência e comunidade.  

Essas descobertas feitas por equipes locais demonstram que Mato Grosso tem um patrimônio científico gigantesco, que precisa ser valorizado

O professor Caiubi Kuhn destaca, no entanto, que o maior desafio ainda é garantir recursos para as etapas de campo, que exigem logística complexa e materiais adequados para a retirada dos fósseis sem danos. “A maior dificuldade é captar recursos para mobilizar equipes, transporte, alimentação e equipamentos. Por isso, é fundamental que haja incentivo do poder público para que mais descobertas aconteçam”, afirma.  

O relatório final do projeto será entregue em novembro, mas o trabalho abre caminho para novas frentes de pesquisa não só em Chapada dos Guimarães, mas também em outros municípios com potencial paleontológico, como Guiratinga, Tesouro, Rosário Oeste, Alto Garças entre outras áreas. “Essas descobertas feitas por equipes locais demonstram que Mato Grosso tem um patrimônio científico gigantesco, que precisa ser valorizado. Isso não só contribui para a educação e o desenvolvimento científico, como também pode impulsionar o turismo e artesanatos locais que usam esses achados como inspiração para desenvolver novos produtos”, conclui o professor.

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