O Fórum Sindical e o Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e Meio Ambiente (Sisma) sinalizaram a possibilidade de haver uma nova greve geral no Estado. Os representantes alegam a falta de diálogo por parte do Governo de Mato Grosso, que não responde sequer as solicitações de reunião com os sindicalistas.
“Nós já demos todas as oportunidades. Já conversamos com assessores e secretários através de ofício e não recebemos uma resposta sequer, nem que sim, nem que não”, observou o representante do Fórum Sindical, Edmundo César Leite. A categoria cobra o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), conforme acordado em 2016.
Segundo Edmundo, o Governo não se mostra aberto a propostas e age na defensiva, manifestando que estuda propostas para oferecerem aos servidores. No entanto, as negociações nunca saem no planejamento. “Nós conseguimos uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça e eles não foram nenhuma vez, disseram que não tinham nada construído, então iam discutir o quê?”, observou.
O presidente do Sisma, Oscarlino Alves, manifestou que a categoria também tentou negociação com representantes do governo. No entanto, a falta de diálogo se repetiu. “Nós pedimos uma agenda com o governo e eles não nos responderam”, disse. “Quando fomos ao Governo, o Júlio Modesto (secretário de Estado) nos recebeu e disse ‘podem ficar tranquilos, pessoal. Nós estamos estudando uma proposta para vocês. Vamos chamar vocês na semana que vem’”, comentou o representante.
Segundo ele, o Sisma chegou a suspender uma assembleia com os sindicalistas, mas o secretário não cumpriu com a palavra e não convocou a categoria. Diante do acontecido, uma nova assembleia foi marcada.
A categoria deve se reunir na próxima segunda-feira (29) para discutir, entre suas pautas, a possibilidade de paralisação das atividades, por meio de greve geral. Ainda conforme o representante, uma caravana deverá sair em direção à Brasília, onde irão procurar a base do Governo para dialogar. “A situação não pode ser resolvida do jeito que foi ano passado”, pontuou.
O Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), referente ao ano passado, apontou que a recomposição salarial é de 6,8%. A folha de pagamento do Governo para o mês de maio, no entanto, não incluiu o pagamento da RGA, da quinta parcela de 2,68% ainda referente a 2015.
“Nós estamos fazendo o possível e impossível para evitar esse movimento, mas, pelo andar da carruagem, nos dias de hoje, é impossível”, ponderou Edmundo.
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