Cerca de 300 mil usuários que dependem do transporte coletivo para ir ao trabalho e para a escola foram atingidos na manhã desta sexta-feira (28) por conta da paralisação nacional em adesão a greve geral nacional em protesto às reformas proposta pelo governo Federal.
Rayane Alves/HiperNoticias
Cerca de 300 mil pessoas ficaram prejudicadas Como prometido pelo Sindicato dos Motoristas, nenhum ônibus circulou na manhã de hoje em Cuiabá e Várzea Grande. A equipe de reportagem do HiperNotícias andou em alguns pontos da cidade e desde às 6h havia poucos trabalhadores aguardando pelo coletivo devido a propagação da notícia de paralisação desde a semana passada.
As empresas que tinham preferência em manter as atividades normais durante esta sexta-feira pagou Uber ou usou o próprio carro da empresa para levar os trabalhadores até o local.
O representante do Sindicato dos Motoristas, Rone Clezio, explicou que desde a meia noite desta sexta-feira nenhum carro saiu da garagem. Cada representante do sindicato se espelharam pelas garagens da cidade para mobilizar os motoristas.
Na Norte Sul, por exemplo, instalada na região do bairro Osmar Cabral, 120 ônibus continuam estacionados no local. A empresa atende os bairros CPA, Novo Mato Grosso, Tijucal, Pedra 90 e Osmar Cabral. Ao todo, 200 motoristas se dividem para seguir o itinerário. Apenas nessa região o impacto foi de 80 mil pessoas que deixaram de utilizar o transporte coletivo.
“A adesão à greve foi aderida por 100% do setor. A classe patronal fez uma reunião na semana passada para tentar flexibilizar a demanda. Porém, a gente explicou que a paralisação não é nossa e apenas atemos uma demanda nacional em prol dos trabalhadores”, observou.
Rayane Alves
Pelos 120 ônibus continuam estacionados na Norte Sul
Já em toda a grande Cuiabá, 300 mil pessoas dependem dos ônibus para fazer as atividades pessoais. Conforme Rone havia uma conversação para os coletivos rodarem no período da tarde. Mas, os próprios empresários afirmaram que não compensava já que a manhã ficou paralisada.
“O grande lucro para as empresas é no período da manhã. Como a gente não pegou a população no começo do dia é como se a gente não tivesse a obrigação de retornar com eles para casa”, pontuou.
Já o gerente operacional da empresa Pantanal Transporte explicou que os ônibus podem funcionar normalmente no período da tarde. Mas, ainda não ficou definido porque faz parte de um sistema democrático.
“Muitos funcionários vieram trabalhar de manhã, mas foram impedidos de sair da garagem pelos outros que aderiram a greve. Então estamos vemos como vai proceder já que faz parte de um regime democrático”, avaliou.
O diretor do Sindicato dos Motoristas do Transporte Coletivo, Edval Luiz, afirmou que cinco empresas atendem a grande Cuiabá e região metropolitana. Entre elas estão: Norte Sul, Integração Transporte, Pantanal, União Transporte e o Alternativo.
“No total dá pelo menos 400 mil veículos retirados de circulação. Mas, não posso usar o termo que a população foi prejudicada porque faz parte de uma luta dos trabalhadores em busca dos direitos. O que significa que muita gente deixou de trabalhar hoje”, frisou.
Rayane Alves/HiperNotícias
Trabalhadores da base da Educação municipal aderem a greve e se juntam aos motoristasMovimento Intersindical
Além dos motoristas em frente da Norte Sul, os profissionais que representam a base da Educação municipal de Cuiabá também aderiram a o movimento dos trabalhadores e foram desde às 3h [da madrugada] protestar com faixas e cartazes.
“Cruzamos os braços contra a reforma federal da previdência, terceirização e tudo que visa retirar os direitos garantidos em lei para os trabalhadores. Temos que mostrar para o Michel Temer (PMDB) ou qualquer outro presidente que se achar no direito de ir retirando tudo que estamos atentos as decisões dele e sempre vamos lutar pelas nossas melhorias”, concluiu.
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