O crime de "stalking" acontece quando uma pessoa persegue outra, de forma reiterada, pessoalmente ou virtualmente. A perseguição pode afetar a integridade física ou psicológica da vítima, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou perturbar a sua esfera de liberdade ou privacidade. No Código Penal brasileiro, o delito tem penas previstas de seis meses a dois anos de prisão, além do pagamento de multa.
Lusimar Agostinho da Silva, que é conhecida na internet como "menina do ministério Etrom", publicou um vídeo no mês passado com supostas ameaças a Mayara, pelo fato de a primeira-dama não tê-la seguido nas redes sociais. A gravação foi feita na frente do Palácio do Buriti, prédio onde despacha o governador do Distrito Federal.
Lusimar não foi localizada pela equipe de reportagem. Ao Estadão, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DP-DF) afirmou que não atuou no caso.
"Bom dia, Brasil, bom dia, mundo. Hoje é dia 22 de março de 2024, hoje é sexta-feira. Eu, a menina, estou aqui no Palácio do Buriti, devido ao fato de a mulher de Ibaneis Rocha não me deixar segui-la no Instagram. Eu, a menina, a minha equipe e o governo federal do Brasil, vamos castigar com castigos mais intensos a Mayara Noronha até o próximo dia 24 de abril de 2024?, disse Lusimar no vídeo.
Após a publicação do vídeo, Mayara fez uma denúncia para a PC-DF, que começou a investigar a denúncia e prendeu Lusimar em um parque da capital federal. De acordo com a assessoria da primeira-dama, a mulher em situação de rua foi ouvida, assinou um termo de comparecimento à Justiça, teve o celular apreendido e foi liberada.
"É importante ressaltar que qualquer cidadão que se sinta ameaçado pode e deve procurar as instituições policiais e jurídicas para garantir sua segurança", afirmou a assessoria de Mayara. O Estadão procurou a PC-DF, mas não obteve retorno.
Lusimar aparenta ter transtornos psiquiátricos e já foi alvo de outras denúncias feitas por pessoas aleatórias de Brasília. Outras pessoas públicas também a acusaram de "stalking", como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, o Governo do Distrito Federal (GDF) afirmou que a capital do País oferta unidades de saúde ou assistência social disponibilizado para pessoas com transtornos psiquiátricos. O Buriti, porém, disse que os serviços são oferecidos, mas jamais impostos. "A pessoa tem querer e aceitar o encaminhamento", declarou.
(Com Agência Estado)
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