"Eu não aceito que o Trump venha meter o bedelho em um caso aqui que é interno nosso", disse o senador durante pronunciamento. "Há uma injustiça sendo praticada contra o presidente Bolsonaro? Há uma injustiça sendo praticada. Mas compete a nós, brasileiros, resolvermos isso."
Mesmo defendendo Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após as eleições de 2022, o senador criticou o anúncio de Trump de taxar em 50% os produtos brasileiros. A medida norte-americana seria uma possível resposta ao julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Da mesma forma, caros colegas, que não aceito que o Macron, que a Greta Thunberg, que o Leonardo DiCaprio, venham meter a mão em coisas aqui do Brasil", disse Mourão.
Na reunião realizada nesta manhã, a Comissão de Relações Exteriores debateu a estratégia do Brasil diante da tarifa de importação imposta pelos Estados Unidos.
A audiência teve o objetivo de "proporcionar um entendimento claro sobre quais medidas estão sendo tomadas e as perspectivas de futuro para os setores afetados, especialmente o agronegócio, que depende da competitividade nas exportações para a manutenção de sua saúde econômica", diz a justificativa do requerimento do Senado.
As tarifas de 50%
O presidente dos Estados Unidos anunciou na última quarta-feira, 9, tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil, com início a partir de 1.º de agosto. É a alíquota mais alta divulgada a partir de cartas enviadas pelo republicano aos países desde o início da semana.
A decisão foi justificada principalmente como resposta ao tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a decisões do STF contra empresas americanas de tecnologia.
"O modo como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado no mundo, é uma desgraça internacional", disse Trump. "Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma caça às bruxas que deve terminar IMEDIATAMENTE!", escreveu.
(Com Agência Estado)
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