Em decisão na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça desobrigou o "Careca do INSS" de prestar depoimento à CPMI.
"Perdemos a oportunidade de ouvir hoje um dos principais investigados no escândalo que desviou recursos dos aposentados. É lamentável, mas a comissão seguirá trabalhando para que a verdade venha à tona e os culpados sejam responsabilizados", disse o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG).
Em um primeiro momento, os advogados de Antônio Camilo haviam dito à CPMI que ele compareceria e responderia aos questionamentos. Mas, nesta segunda-feira, a equipe de defesa fez uma nova análise da situação.
Nos bastidores, a defesa diz que Antônio Camilo quer apresentar documentos e se explicar sobre os fatos, mas havia um receio de que os parlamentares não o deixassem falar e aproveitassem a CPMI para fazer ataques a ele. Por isso, a decisão foi não comparecer à comissão e apresentar essas explicações para o Judiciário.
Neste domingo, 14, Viana havia divulgado um vídeo confirmando a ida do "Careca do INSS" à CPMI. "Apesar da decisão do ministro do STF André Mendonça de tornar facultativa, ou seja, voluntária, a ida dos dois principais envolvidos no escândalo do INSS à CPMI nesta segunda-feira, dia 15, está mantida a oitiva do senhor Antônio Carlos Camilo Antunes, o 'Careca'", afirmou Viana, no vídeo, em referência também ao empresário Maurício Camisotti.
A investigação da Polícia Federal aponta o "Careca do INSS" como um dos principais operadores do esquema fraudulento de descontos associativos em aposentadorias.
Camisotti, por sua vez, é suspeito de ser sócio oculto de uma das associações envolvidas no esquema. Os dois foram presos na sexta-feira, 12, em uma nova fase da Operação Sem Desconto.
(Com Agência Estado)
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