O afastamento deverá ser cumprido a partir de agosto, e os estudantes também deverão obrigatoriamente cumprir medidas socioeducativas, como se matricular em disciplinas voltadas aos Direitos Humanos e Direito e Enfrentamento à Intolerância Racial, informou ao Estadão, o professor Vidal Serrano, diretor da Faculdade de Direito da PUC-SP.
A identidade dos alunos não foi informada e, por isso, não foi possível localizar as respectivas defesas.
O caso aconteceu em novembro de 2024, durantes os Jogos Jurídicos realizados em Americana, no interior do Estado. Durante uma partida de handebol entre a PUC-SP e Universidade de São Paulo (USP), os estudantes puquianos foram filmados ofendendo os alunos da USP.
Nas imagens, que circularam nas redes sociais na época, é possível ver um integrante da torcida da PUC-SP gritando a palavra "cotista" aos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Outros envolvidos usam a palavra "pobre", e uma menina chega a fazer gestos obscenos contra os uspianos.
Na ocasião, a organização dos jogos, em conjunto com as instituições participantes, decidiu banir a torcida da PUC-SP até o restante das competições.
"Após amplo processo de escuta e responsabilização, foi determinada a suspensão de 30 dias dos estudantes envolvidos, além da exigência de participação, durante um ano, em cursos ou disciplinas sobre igualdade racial, justiça social e direitos humanos", informou a Reitoria da PUC-SP, em nota divulgada nas redes sociais.
Por meio da nova gestão empossada no final do ano passado, a universidade explicou que as sanções devem ter um caráter pedagógico, e não apenas punitivo.
"O Núcleo de Mediação e Justiça Restaurativa, criado nesta gestão pela Reitoria, oferece um caminho para lidar com violações de conduta, bullying, discriminação e outros conflitos de forma mais construtiva do que apenas por meio de processos disciplinares punitivos tradicionais", informa.
A PUC-SP aproveitou ainda para informar, no comunicado, que o episódio levou a instituição a criar um Código de Conduta específico para eventos estudantis e esportivos.
"A iniciativa busca garantir que, que o ambiente universitário seja cada vez mais seguro, plural e comprometido com os princípios democráticos e direitos fundamentais", diz a nota.
(Com Agência Estado)
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